Benfica recebe o Rio Ave, amanhã, às 18h00
O Benfica está de volta ao campeonato. O que espera desta partida? Bah está apto?
“Digo-lhe que temos de reagir e fazer um grande jogo. Essa é a nossa determinação. Senti muita energia no treino estamos convictos que vamos fazer um grande jogo. É um adversário difícil, que já jogou com o FC Porto, com o Sporting, com o Sp. Braga, sempre com boas prestações. Joga numa linha de cinco, muito compactos, temos de encontrar o caminho do golo, e tem uma dinâmica interessante em termos ofensivos. Sobre o Bah, sim, está disponível.
Val mexer no onze alterações em relação ao jogo da Champions, concretamente Otamendi? Vai tirá-lo do onze?
“Não há lugares garantidos nem lugares em risco. Estamos a falar de um grande jogador, campeão do Mundo, já venceu em Portugal pelo Benfica e pelo FC Porto. O que toda a gente tem de fazer é trabalhar e é isso que tenho visto. As minhas decisões são em função do rendimento da equipa e na projeção do jogo seguinte. Há várias situações em termos individuais que coloco em termos de resposta para o jogo seguinte, mas tenho repetido algumas vezes o onze e tenho ficado satisfeito com os que saltam do banco. O António [Silva] não saiu por ter cometido qualquer erro, a dinâmica é esta, particularmente quando se joga de três em três dias. Ninguém tem o lugar seguro ou em risco.”
Como está a equipa em termos psicológicos? Preocupa-o que o grupo entre numa espiral negativa?
“A maior crítica é nossa e minha. O que quero é entender o que se passou. Como se ganha e como se perde. Já transmiti isso aos jogadores. A melhor forma de crescer e evoluir é ser honestos com o que vimos e transmitir essa mensagem aos jogadores. Mas não há tempo para olhar para trás. Fechámos. Vamos olhar para o que temos a fazer no dia de amanhã, para vencer o jogo e voltar a jogar bem. É isso que temos de fazer. Não ficar a pensar em mais nada, pensa no que controlo, motivar a equipa, preparar o jogo. Apresentar a melhor estratégia para marcar golos e vencer o jogo.”
Referiu que faltava energia à equipa. Isso pode fazer com que mexa na equipa face ao elevado número de jogos?
“Todos os jogos são importantes. Não temos margem de erro nas competições internas. Todos os jogos são importantes. Quando referi a questão da energia, era o que via durante o jogo. Porque posso voltar a tocar nisso: senti que a equipa em termos ofensivos e defensivos correspondeu até sofrer o golo. Aí senti, falámos sobre isso, a equipa tentou fazer coisas à pressa. O nosso adversário a circular com muita gente no espaço interior, a vencer, levava para determinados espaços. Em vez de se manter compacta, a equipa tinha muita gente a correr. Com bola, era manter a tranquilidade, ter a posse e quisemos também fazer tudo à pressa. Esse foi o desgaste que tivemos, de manter a paciência. Sofremos um golo aos 10′, temos 80′ para jogar. Falámos isso ao intervalo. Nestes jogos podíamos ter feito o 2-1 aos 80′. Tínhamos 10 minutos para virar. Quando falei em energia, era isso. Fazer o que fizemos com Santa Clara e Gil Vicente, tínhamos de manter a tranquilidade suficiente para continuar a jogar em função do que acreditamos e criar oportunidades, que foi o que infelizmente não conseguimos. Não ganhámos 3 pontos aos 6 que temos, agora amanhã é campeonato, senti que novamente a equipa recuperada com enorme determinação para dar uma resposta.”
Rúben Amorim referiu que era o treinador com mais estabilidade em Portugal. Isso pode ser considerado uma desvantagem e faz do Sporting favorito?
“É muito interessante, mas não vou comentar as palavras do Rúben. Mas o mais importante para nós é a reação. A equipa apresentar-se determinada a vencer o jogo.”
É mais mais difícil tirar Otamendi da equipa? Quais as caraterísticas que valoriza nos centrais?
“Estamos muito satisfeitos com a prestação dos centrais. E digo satisfeito porque podem ter desempenhos muito bons. Individualizar um quando têm de jogar coordenados é um exagero. O mais importante é a cada momento corresponderem. Se olharem para trás, ao meu percurso nos clubes onde estive, nunca olhei a estatutos para ninguém. Tenho de tomar as decisões mais indicadas a cada momento. Independentemente do estatuto, é o rendimento do momento. Não há lugares em risco, não há lugares garantidos. Temos que levar a equipa assim de quatro em quatro dias a competir.”