Francesco Farioli fez a antevisão do confronto entre o FC Porto e o Utrecht.
Francesco Farioli, treinador do FC Porto, fez a habitual antevisão ao confronto com o Utrecht, a contar para a 4.ª jornada da Liga Europa, agendado para esta quinta-feira às 17h45, no Stadion Galgenwaard.
Qual será a chave para amanhã?
“Se olharmos para a tabela, podemos ter uma perspetiva errada de quem são. Na temporada passada terminaram em 4.º e competiram muito bem até ao fim. A estrutura é a mesma, têm jogadores muito interessantes e muita qualidade nos flancos. O ponta-de-lança também é de topo. Um treinador com muita experiência… Será um jogo que vai exigir muito de nós, mas competir na Europa é sempre complicado. Temos de estar preparados, trabalhar muito e dar o nosso máximo”.
Está de regresso à Holanda. O treinador do Utrecht referiu que tem um presente para si, um livro. Que livro gostaria de receber?
“Tivemos a mesma ideia, mas eu trouxe uma garrafa de vinho… Esperava que pudéssemos bebê-la antes do jogo… Na época passada, foi um dos poucos clubes que não conseguimos vencer nos dois jogos, e desta vez achei que um vinho português pudesse ajudar nisso…”.
O ruído dos últimos dias relativamente à arbitragem pode ter impacto?
“A equipa está noutra página, na Liga Europa. Em relação a isso não há dúvidas. E para fechar esse capítulo, ou para deixá-lo de lado um bocadinho, acho que o comunicado do clube foi muito claro. Não tem só a ver com o último jogo, mas sim com o que se tem passado. Acho que o clube foi muito claro. Eu concordo com tudo o que estava no comunicado. Confio totalmente no presidente e nos responsáveis que vão tratar este assunto nos locais certos e com as pessoas certas. E esperamos que tudo fique resolvido com os melhores interesses do FC Porto”.
O Zaidu esteve ausente das suas opções nos últimos dois jogos. Qual foi a razão? É possível que comece amanhã?
“Como sabem, na Liga só podemos selecionar 20 jogadores. E ter um jogador como o Martim, que consegue fazer o lado esquerdo e o lado direito, precisei de tomar essa decisão. Mas amanhã, o Zaidu vai estar no 11 inicial”.
O Utrecht vai defrontar agora o Ajax, o FC Porto mede forças com o Famalicão. Como acha que estes dois duelos podem impactar o jogo de amanhã?
“Para nós, o importante é o jogo de amanhã. Jogámos um jogo fisicamente exigente contra o Sp. Braga e precisamos de gerir algumas situações. Mas vamos tentar entrar com o melhor 11 porque queremos tentar somar o maior número de pontos possível para nos podermos qualificar para a próxima fase”.
Desde que deixou o Ajax, há mais pessoas a apreciarem o seu trabalho. Isso deixa-o orgulhoso?
“O que me faria orgulhoso seria dar o título que não consegui ao Ajax. De resto, as memórias ficam para mim e para as pessoas que trabalharam comigo. É algo que vai ficar comigo”.
O que acha da situação do Ajax neste momento?
“Não há nada para comentar. A minha ligação ao clube e às pessoas não é segredo, mas estou a ver os jogos de longe como um adepto e acho que não é gentil comentar esse tipo de coisas agora. Até porque jogam daqui a 25 minutos… Acho que vamos ver um bocadinho, mas depois temos de continuar a preparação para amanhã”.
Na temporada passada, disse que o jogo frente ao Utrecht era um 10/10 em dificuldade…
“E repito o mesmo para amanhã. Já o disse antes. Não consegui vencer o Utrecht e agora voltamos aqui para tentar mudar a dinâmica. Vingança? Não. É tentar ganhar um jogo de futebol…”.
Ainda pensa sobre aquele título que lhe fugiu quando orientava o Ajax?
“É algo que vai ficar para sempre, mas as boas memórias é que ficam. Competimos até ao fim. E, por favor, vamos falar sobre o jogo de amanhã. Se ainda sinto falta do clube? É engraçado, porque em Portugal terminamos as conferências de imprensa mais rápido e, aqui, não nos despachamos em menos de 35 minutos”.
Acabou de chegar a Amesterdão. Viu, do avião, o sítio onde morava?
“Sim, e tirei algumas fotografias! É a primeira vez que chego a Amesterdão à noite, e quando falamos sobre a paixão que há na Holanda pelo futebol, começamos a prestar atenção aos relvados, à luz que os ilumina. Foi bom ver o sítio onde vivi e ver o estádio com as luzes antes de um jogo de Liga dos Campeões. Espero que o jogo [do Ajax] seja bom. Amo esta cidade, tenho memórias muito boas”.
Do que sente mais falta em Amesterdão?
“Para ser sincero, as pessoas com quem trabalhei. Isto é claro. Trouxe a minha família para um ’tour’ no dia antes de me ir embora…”.
Fim da conferência de imprensa.









