FC Porto recebe amanhã os gregos em partida a contar para a penúltima jornada da fase de grupos da Liga Europa
O míster assume a equipa num momento especial. Que analise faz ao Olympiacos? E em relação ao FC Porto, que equipa podemos esperar?
“Vou responder de forma muito simples. Vamos estar focados em nós. No que conseguimos controlar, treinar. No caráter e talento dos nossos jogadores. Preparámos o jogo muito bem, sabemos dos pontos fortes do Olympiacos, do momento que passa. Mas posso garantir uma coisa: amanhã teremos um FC Porto competitivo, forte, a lutar pela vitória. Temos cá homens de caráter, campeões. Que amanhã o jogo seja de vitória para nós”.
Está há muitos anos ligado ao FC Porto, mas quando aparece um momento destes… O que que lhe passou pela cabeça, o que tem sentido? Assume a equipa num momento difícil…
“Regressei ao FC Porto por convite do nosso presidente com um único objetivo: servir o clube. Foi convidado para ser diretor de formação e na segunda-feira pediram-me uma nova missão: preparar o jogo com o Olympiacos. Tirar o melhor da nossa equipa para que o jogo termine com uma vitória. No meio disto tudo, o José Tavares tem uma história. Chega a este momento e sente-se confortável. Conheço muito bem o clube, os valores são o rigor, caráter, uma ambição enorme, competência que todos precisamos e paixão que nos tem de diferenciar dos outros todos. Com esta missão, tranquilo e com um único foco: ajudar os jogadores para que, amanhã, estejam na melhor versão contra o Olympiacos”.
Pepê vai estar na lista de convocados?
“Acredito que hoje viram a parte inicial do treino. Todos os jogadores que estiveram no treino, estarão na convocatória. O Pepê incluído”.
Como estava o grupo e como tem sido treinar este plantel? No que diz respeito ao jogo, vai pôr em prática as suas ideias?
“Encontrei um grupo que tem plena consciência da realidade. Sabem muito bem o que está a acontecer e assumem a responsabilidade deles. Posto isto, muito focados no trabalho, capazes de se unirem novamente, trabalharem em conjunto e com um foco: Olympiacos. Falei com todos eles e fomos capazes de encontrar um caminho, o de continuar na Liga Europa e ambicionar ganhar a Liga Europa. Não vou abrir muito o jogo, mas poderemos encontrar um FC Porto muito competitivo, com o melhor 11 escolhido por mim e com o objetivo claro na vitória”.
Sendo que teve pouco tempo para preparar o jogo, o que terá mais peso, a intervenção do treinador ou o que os jogadores possam fazer?
“Para mim, o segredo são sempre os jogadores. Tudo o que vão ser capazes de fazer em campo. O treinador tentou mostrar-lhes uma ideia, um caminho. Coletivamente, temos de ser muito fortes. Claro que o lado estratégico vai ser importante. Mas no final do dia, que cada um contribua para a equipa o melhor que sabe. Que a equipa seja o mais coletiva possível, para que o talento individual saia. Para que apareçam mais capazes, competitivos, capazes e coesos. Com o olho na baliza do adversário. E quando tivermos de defender, vamos ter de defender todos, também com os adeptos. É preciso que eles compreendam que vamos ser mais fortes se estivermos todos unidos”.
O que sentiu que é preciso fazer para que os resultados sejam diferentes?
“No fundamental, eles já conseguiram perceber que, se há um ou outro que não está no seu melhor, temos de fazer algo mais. Se algo não está a funcionar como equipa, e foi visível, vamos assumir a responsabilidade de treinar, corrigir. O jogo do Olympiacos não tem a ver com o passado. O foco está na nossa identidade, percebendo quais os pontos fortes do adversário. Mas que cada um apareça no melhor de si. Com aquela confiança. Sabemos que, cada um de nós, preparando-se – e fizemo-lo muito bem em três dias -, a equipa demonstrou sinais de querer muito voltar às vitórias. Vamos dar o passo em frente. Pedi homens de caráter, corajosos e campeões para vencer o jogo com o Olympiacos”.