Pepe, internacional português, fez a habitual conferência de imprensa de preparação para o jogo de Portugal frente à Eslovénia, a contar para os oitavos de final do Euro’2024, agendado para a próxima segunda-feira, às 20h00.
O que disse António Silva após o jogo com a Geórgia?
“Quero deixar uma palavra à família do Manuel Fernandes. Ao Tiago, que tive oportunidade de conhecer. Os meus sentimentos para todos. Em relação à pergunta, falei com ele, sim. Como em várias ocasiões dizemos que somos uma família, temos de cuidar dos que fazem parte da nossa família. Mas claro que não vou relevar o conteúdo da conversa”.
Estreou-se em 2008 e agora volta a jogar num Europeu
“Já lá vão alguns anos… Sinto-me bem, sinto-me privilegiado por poder estar na minha Seleção, poder defender as minhas cores e fazer parte de um grande grupo”.
Seleção já está no máximo?
“Difícil essa pergunta… Acredito que o 11 mais os cinco jogadores que entrarem vão dar o seu melhor, o melhor para que Portugal possa passar aos quartos-de-final”.
Receita para o jogo com a Eslovénia
“Simples. Concentração competitiva”.
Portugal caiu para o lado dos ‘tubarões’?
“Se eu pudesse escolher? Queria ser campeão outra vez. Com todo o respeito para as outras seleções, tanto de um lado como do outro, é isso que temos. Muito respeito. Sabemos que vai ser uma caminhada muito difícil, que vai ser duro, mas temos de estar todos juntos”.
Ganhar… com nota artística
“Não sei se vocês já tiveram oportunidade de ver a estatística da fase de grupos. Portugal é das melhores seleções a nível estatístico. Essa nota artística… Desde o primeiro jogo aqui na Alemanha, como na última derrota, os adeptos estiveram sempre connosco. Contra a Rep. Checa estivemos a perder quando não merecíamos e os adeptos continuaram a apoiar a nossa equipa. Se calhar foi essa confiança que fez com que pudéssemos ter dado a volta ao resultado. Contamos com os nossos adeptos, vamos dar o nosso melhor para poder eliminar a Eslovénia. Sabemos que vai ser um jogo muito difícil, até pelo passado recente. É não voltar a cometer os erros que fizemos nesse jogo para podermos sair vencedores”.
Jogador livre a partir de 1 de julho: que sensações
“Eu não navego nisso, caso contrário acho que vou ficar perdido. Não penso muito nisso, sinceramente. O futuro a Deus pertence, eu tenho muitas coisas com as quais me preocupar ao dia de hoje, como por exemplo como vou defender os meus colegas nos treinos já a seguir, como me recuperar para o treino de amanhã. Essas são as minhas preocupações”.
Pepe ficou de fora do jogo com a Geórgia: traços comuns entre os três jogos
“Não, acho que é uma coincidência. Quando partimos para um jogo, temos três resultados possíveis. Acho que perdemos quando devíamos perder e agora é preciso tirarmos lições disso, daquilo que não fizemos enquanto jogadores, se cumprimos à regra o que o mister pediu e, claro, tentar não errar no jogo seguinte. O grande desafio que temos é tentar melhorar sempre para poder continuar com o ciclo vitorioso que fizemos durante o apuramento”.
Esperança dos portugueses diminuiu após o jogo a Geórgia?
“Não concordo com o que acaba de me dizer. Mesmo com a derrota, sentimos o carinho dos nossos adeptos. Tenho a certeza que eles vão estar connosco contra a Eslovénia. Vamos dar o nosso melhor, vamos trabalhar. Sabíamos que esta caminhada não ia ser fácil, por mais que muitos de vocês dissessem que já estava ganho. Não é assim e nós sabíamos isso. É preciso jogar os 90 e, se for preciso, os 120 minutos. Queremos dar o melhor pelo nosso país e é isso que vamos fazer no próximo jogo”.
O futuro: o que falta para tomar a decisão
“Falta pensar que daqui a pouco tenho treino e isso é o mais importante. Temos um jogo bastante importante para nós e para o nosso país”.
A boa forma e o que faz para a manter
“Obviamente que sim… Eles até brincam comigo porque estou sempre perto da máquina do gelo, da recuperação. Os nossos fisioterapeutas dizem que eu sou quase dono das máquinas. Mas é para me poder recuperar o mais rápido possível. Sei que não o faço tão rápido como os jovens mas tento fazer o meu melhor para estar sempre disponível”.
O segredo da longevidade
“O segredo? A paixão que tenho pelo futebol. Já disse várias vezes que é um privilégio poder levantar-me e fazer o que mais gosto com muita concentração e competitividade, que é o que tenho. O amor que coloco em cada ação, tanto no treino como no jogo. É isso. Em relação à segunda questão, ainda não pensei sobre isso”.
O esquema de três centrais
“Primeiramente, acho que há muita dúvida sobre os três centrais e a linha de cinco e quatro. O mais importante é que, quando atacamos contra uma equipa fechada, ter flexibilidade. Trabalhamos muito para isso. É muito difícil atacar contra uma equipa com 11 jogadores atrás da linha da bola e cabe-nos continuar a acreditar no processo, continuar a trabalhar cada vez mais para poder encontrar os espaços que há no jogo e poder explorá-los da melhor maneira possível”.
Otávio vê Pepe como um pai. E no balneário, como lhe chamam?
“O João Neves não me chamou pai, mas quase… É muito brincalhão. Como mais velho, tento ajudar todos. É esse o meu perfil e tenho a certeza que tanto ele como outros vão ter um futuro bastante brilhante”.
Cristiano Ronaldo não marcou na fase de grupos
“O Cristiano vive de golos, isso é um facto. Mas já viram a disponibilidade dele em campo para ajudar a Seleção? É incrível. É o jogador com mais minutos na nossa equipa, com 39 anos. Está muito bem, vai estar muito bem para esta fase final do Europeu e espero, ou tenho a certeza, que nos vai dar muitas alegrias”.