Portugal defronta amanhã a Croácia, às 19h45, no último jogo da fase de grupos da Liga das Nações
Geovany Quenda vai ter oportunidade de jogar?
“Ainda não sei. Temos mais um treino, vamos ver”.
O talento dos jogadores será suficiente para o jogo frente à Croácia?
“Acredito muito nos jogadores. O Fábio Silva, que chamámos dos sub-21, teve dois treinos no começo do estágio e está preparado. O Quenda também já teve a experiência de outro estágio. Não vai ser uma equipa nova, vai ser uma equipa com menos experiência mas muito talento”.
Esta o momento ideal para lançar jogadores?
“Não gosto de experimentar. Amanhã vamos ver jogadores que têm menos experiência. Jogadores como o Cristiano, o Bernardo, o Rúben Dias ou o Bruno Fernandes dão muita experiência. Mas amanhã vamos ter o talento, a qualidade. É importante para mostrar que conseguimos executar os mesmos conceitos táticos contra uma equipa muito forte. A Croácia é muito evoluída, mas sabemos o que temos de fazer”.
Embora esta partida já não entre nas contas, há que passar uma boa imagem da nossa Seleção. Nas convocatória temos muita juventude.
“Renovada é uma boa palavra, com muito talento. Falamos sempre da boa formação de Portugal, do número de jogadores portugueses que há na formação. O nosso objetivo era os quartos-de-final, passar em 1.º do grupo, e o que precisamos agora é de mostrar que há competitividade pelas posições. Nos últimos cinco jogos, mostrámos que há um grupo que pode jogar. A ideia é, em 18 meses, estar na fase final de um Mundial. Para nós é importante ter um bom desempenho amanhã, executar bem os conceitos que preparámos. E ganhar. Não são 3 pontos que contam na tabela, mas contam muito pela formação e pelo trabalho que estamos a fazer.”
Optou por chamar o Geovany Quenda, que costuma jogar a ala no Sporting, no entanto já tem três laterais e três extremos na convocatória. Quenda encaixa onde?
“Encaixa na ala direita. Já trabalhámos no estágio de setembro e é essa a posição onde vai trabalhar amanhã. É uma posição que conhece bem. É polivalente. O que traz na Seleção é o desequilíbrio e a capacidade técnica. É um jogador com magia, tem um futuro espetacular. A sua experiência de estar com a Seleção é importante, entre ou não no relvado. É importante que estes jogadores saibam dos nossos conceitos. O Fábio Silva também fez um excelente trabalho. O resto são jogadores que já têm muita experiência na Seleção.”
Neste tipo do jogos há sempre a necessidade de manter os jogadores alerta. Que mensagem passou aos jogadores? O que disse aos jogadores no intervalo do jogo com a Polónia?
“Jogar pela Seleção é sempre importante, fazê-lo sempre com a mesma energia. A 1.ª parte contra a Polónia foi muito má. Faltou propósito, energia, procurar os espaços que precisávamos. Estamos a trabalhar juntos há quase dois anos e sabemos que podemos ajudar os jogadores a reagir a momentos difíceis. É o trabalho da equipa técnica. Amanhã, os jogadores precisam de muita energia. É importante olhar para trás durante o estágio de setembro e outubro, onde sempre fizemos o mesmo. Há jogadores que têm mais de 1.000 e 1.500 minutos esta época e, portanto, amanhã vamos ter outros jogadores com energia e clareza para executar os conceitos.”
Portugal não com alguns dos jogadores mais experientes. Quem é que pode ser o líder neste grupo?
“Amanhã temos oito jogadores que são jogadores com muita experiência, internacionalizações. Mas além disso, temos um grupo com muito compromisso, que têm os valores que mostrámos durante o Europeu. O talento está lá. Os jogadores tiveram uma formação fantástica e estão num bom momento. Agora temos a oportunidade de defrontar uma equipa muito evoluída, que será um desafio para nós. Não há dúvidas do que podemos fazer com bola. Os nossos jogadores têm um talento que pode fazer exatamente o que os mais experientes podem fazer. Mas sem bola, é preciso mostrar bom foco, estrutura e defender bem, contra uma Croácia que joga muito bem há muitos anos. Acredito muito nos jogadores que temos aqui, e só em jogos assim podemos avaliá-los individualmente e, depois, coletivamente como Seleção.”
Este foi ficar marcado por algumas despedidas, não só na equipa técnico como na FPF (Fernando Gomes) Qual a sua opinião sobre estas mudanças? Quer dedicar-lhes a vitória?
“No futebol, a despedida só é boa com vitórias. O Anthony Barry é muito qualificado, preparado. Trabalhou muito bem durante dois anos e queria agradecer todo o seu esforço e trabalho. Os nossos desejos são de um bom futuro para ele. Acontece no futebol. Em março teremos a nova equipa técnica. Para o nosso presidente, agradecer mais uma vez o seu legado. O futuro do futebol português será muito mais fácil porque o que o presidente fez é um exemplo para o futebol mundial”.
Já referiu que não é fácil chegar à Seleção, no entanto tem dado indicadores de que não é impossível. Isso pode ser um fator de motivação para aqueles jogadores que estão à porta de Seleção? Pode revelar alguns nomes que estão à porta de Seleção? Pode dar algumas pistas sobre oonze para o jogo de amanhã?
“Onze? Gostaria de fazer isso, mas precisamos de ver o treino e ainda não falei com os jogadores. O que posso dizer, e que é importante, é que falei muito do nosso processo de acompanhar os jogadores. Acompanhámos todos, a porta está sempre aberta. Mas também é difícil quando temos jogadores com muita qualidade, compromisso e experiência. Mas também há oportunidades. Na Liga das Nações demos oportunidade a outros jogadores para que pudessem mostrar o que tinham a dar. Agora, o objetivo é tentar ganhar todos os jogos que jogamos e preparar um grupo com mais competitividade. Acompanhamos todos os jogadores de forma profissional e honesta, e todos os jogadores num bom momento têm de aproveitar as oportunidades”.
O que pretende deste jogo, uma vez que Portugal já garantiu a qualificação? Que mexidas podemos esperar para esta partida?
“Queremos terminar a fase de grupos ao mais alto nível. Temos feito muito trabalho. Espero um jogo muito difícil porque a Croácia precisa deste resultado. É uma equipa que gosto muito de ver jogar, por causa da qualidade individual que têm e do espírito que têm. A posse de bola, a ética de trabalho. É uma das razões pelas quais tenho muita admiração pelo selecionador croata. Já o defrontei em 2018, por exemplo. Sou um grande admirador do seu trabalho, mas estamos aqui para ganhar”.
Que Croácia está à espera? Viu o jogo frente à Escócia?
“Esperamos uma equipa que quer ter a bola, com muita personalidade. Uma equipa que não se importa de correr riscos, de defender no um para um. Vamos ver duas equipas que querem a mesma coisa, que vão lutar pela bola e pela posição em campo. Fizemos um bom jogo contra a Polónia. Portugal tem de estar preparado. Jogo contra a Escócia? Vi. A minha mulher é escocesa, também me informou de tudo…”.
Como é comandar uma equipa que já não tem a pressão da vitória? A gestão fica mais fácil?
“É uma observação bastante interessante. É muito mais difícil ter o foco totalmente no jogo quando o jogo já não interessa. Mas temos de ter em conta a pressão. Algumas exibições podem ter impacto no futuro dos jogadores na Seleção e, por isso, há muito em jogo. A pressão existe sempre e eu coloco-a em mim e na equipa, independentemente do jogo”.
Este jogo pode servir de ensaio para o Mundial?
“Somos uma equipa que tenta tirar o máximo da qualidade dos jogadores e, posteriormente, encaixar isso na tática. Ter bola, dar o nosso melhor com a bola. Podemos usar estruturas diferentes, sistemas diferentes. Estou muito feliz com a capacidade dos jogadores”.
O que tem a dizer sobre Modric?
“Nunca poderia dizer o suficiente sobre ele. É o capitão. A maneira como está dentro e fora do campo é um exemplo”.