Saiba tudo o que disse Roger Schmidt sobre o Benfica e a receção ao Estoril

Roger Schmidt

Roger Schmidt

O Benfica vai receber o Estoril este domingo às 20h30, num jogo a contar para a 25.ª jornada da I Liga. Roger Schmidt, treinador das águias fez este sábado a antevisão do jogo, veja a seguir tudo o que disse o treinador. 

Quais as expectativas para o jogo com o Estoril? 

“Já jogámos duas vezes contra eles. São uma equipa que está a lutar para ficar no campeonato, mas têm muita qualidade, tornam sempre as coisas difíceis para o adversário. Têm vários jogadores muito rápidos na frente e é este tipo de jogo ofensivo da parte deles que espero amanhã. O nosso calendário é extremamente apertado, temos jogado vários jogos num curto espaço de tempo, mas na quinta-feira mostrámos muita qualidade e também estivemos bem fisicamente. Queremos terminar esta sequência de maneira positiva e precisamos de vencer amanhã para o fazer”.

Otamendi frisou que a equipa está numa situação delicada depois do último jogo. Como está a equipa psicologicamente? 

“Jogámos contra o Sporting e tudo continua a ser possível na Taça, também perdemos contra o FC Porto e contra o Rangers empatámos. A situação é esta, e para uma equipa como a nossa, que está habituada a ganhar, uma semana sem vitórias é algo inesperado. É normal que os jogadores comecem a pensar nestas situações. É importante reagirmos e é isso que temos discutido depois dos jogos contra o FC Porto e o Sporting. Não temos de discutir o assunto com frequência, temos sim de estudar e analisar o jogo e mostrar um bom futebol em campo. Na minha opinião, os jogadores estão a conseguir fazê-lo. Não é fácil, há sempre muita pressão no Benfica. É verdade que temos que melhorar alguns detalhes. Perdemos muitas oportunidades, temos que melhorar os remates à baliza, mas do ponto de vista tático e da atitude dos jogadores, acho que estiveram muito bem. Isso para mim, enquanto treinador, é sempre um bom sinal. E depois, claro que tudo se torna mais fácil em diferentes momentos e fases durante a época. Todas as equipas passam por momentos menos favoráveis em que os resultados não está lá, e é preciso mostrar atitude e qualidade. Sei como os jogadores pensam e sei da vontade que têm de ganhar títulos, vão deixar tudo em campo para fazê-lo”.

Uma das coisas que tem destacado é a falta de eficácia do Benfica, avançados não marcam há cinco jogos. Isto preocupa-o? Por que razão altera tantas vezes o jogador mais avançado? Sente que nenhum deles é capaz de dar aquilo que realmente precisa, algo que acontecia com Gonçalo Ramos?

Acho que já disse tudo. A época passada a situação era diferente. Começámos com o Gonçalo na frente e ele confirmava, todas as semanas, que jogava bem nessa posição. Era completo taticamente e foi por isso que jogou quase toda a temporada. Esta época, a situação é completamente diferente. Temos excelentes opções mas os jogadores não estão a ser consistentes, não estão a conseguir manter a sua posição. Todos estão a trabalhar arduamente, mas têm de melhorar. São novos no Benfica e às vezes precisam de tempo. A abordagem tática é um pouco diferente do que estão habituados. Às vezes podemos manter os mesmos titulares ao longo de semanas e, noutras ocasiões, precisamos de fazer ajustes. A situação é esta. Claro que já marcámos muitos golos mas, nos últimos três jogos, não fomos eficazes, nomeadamente na quinta-feira [contra o Rangers]. Temos capacidade para marcar golos. Há três semanas marcámos muitos contra o Vizela, depois contra o Portimonense. O potencial existe, a capacidade está lá, e não importa quem está a marcar. O que importa é vencer jogos. Todos os avançados têm de jogar de maneira consistente no Benfica e ainda não estamos nesse ponto”.

Disse que achou que a equipa tinha dado uma boa resposta com o Rangers, mas alguns adeptos pareceram não concordar. Sente que tem o apoio dos adeptos e que eles apoiam a equipa? Alguns até querem que saia… 

“Não tem a ver comigo. A única coisa importante é o Benfica. O que senti na quinta-feira é que gostaram da maneira como a equipa jogou, e isso para nós é muito importante. É muito mais fácil quando sentimos o apoio dos adeptos. Precisamos de contar com eles. Se não estão satisfeitos com o nosso desempenho, temos de viver com as críticas. Há sempre muita pressão no Benfica. Só conseguimos influenciar o ambiente jogando bom futebol, e é nisso que estou concentrado. Acho que a equipa demonstrou uma boa reação e ficámos muito felizes com o apoio dos adeptos”.

Questão física e mental do plantel. Na sua cabeça, a prioridade é o campeonato?

“A minha prioridade é sempre o próximo jogo. Acho que já o mencionei. Não posso priorizar competições, não podemos escolher o calendário. O calendário é o que é e estamos satisfeitos por jogarmos muitos jogos, quer dizer que estamos a participar nas competições. Nas últimas semanas, em que jogámos muitos jogos sem descansar mais de três dias… É um carga pesada para os jogadores, mas é algo que precisamos de aceitar. Claro que foi difícil fisicamente, mas quinta-feira demonstrámos que com preparação e atitude podemos estar preparados para o próximo jogo. Será essa a nova tarefa para o resto da temporada. Vamos dar tudo em todas as competições e amanhã vai ser assim também”.

Nos últimos três jogos, não apresentou um onze inicial igual. Neste momento, uma das razões para o Benfica não melhorar é não haver um onze base? 

“O facto de mudar jogadores tem a ver com o facto de jogarmos a cada três dias. É normal. Temos um bom plantel e inúmeras opções. Tento sempre manter todos os jogadores em boa forma. Claro que às vezes precisam de descansar, especialmente nestas fases, é preciso ter algum cuidado para que os jogadores mais habituados a jogar de forma regular tenham descanso de forma a prevenir lesões. Quando os jogadores fazem cinco ou seis jogos sem descanso, o risco de lesão aumenta. Tudo isto faz parte da tomada de decisão. Quando penso nos titulares para cada jogo, é isso que fazemos, e penso que o fazemos de forma muito profissional. O departamento médico também está muito bem, tentamos sempre agrupar dados para tomarmos a decisão mais adequada. Temos a capacidade de mudar jogos com diferentes jogadores”.

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