Partida de estreia da equipa leonina na Champions está marcada para esta terça-feira, às 20h00
Rúben Amorim realizou esta tarde, a conferência de imprensa de antevisão do jogo contra o Lille, partida que marca o início da campanha do Sporting na Liga dos Campeões 2024/25. O encontro está agendado para amanhã, às 20h, no Estádio José Alvalade.
Na sua opinião este novo formato da Liga dos Campeões aporta mais dificuldades?
“É óbvio para todos os clubes que é importante jogar a Liga dos Campeões, pela valorização dos jogadores, pelo encaixe financeiro que nos permite não vender mais do que devíamos. Não sei se este formato vais ser mais difícil ou mais fácil, é mais apelativo. Temos de tornar as provas mais apelativas, para evitar jogos finais de grupo em que está tudo decidido. Há mais e moção, estamos todos entusiasmados por este formato”
A estreia de dez jogadores na Liga dos Campeões pode traz ansiedade à equipa? E o Eduardo Quaresma como está?
“Temos de olhar caso acaso, Viktor é o primeiro jogo e ninguém dirá que não está preparado. Criámos habituação na Liga Europa, ninguém olha por exemplo para para o Morten e diz que ele não está preparado. Na primeira vez q fomos à Champions aí sim, éramos muito inexperientes. Sinto a equipa mais preparada do que naquela altura. Prevejo um jogo difícil, jogamos em casa, as expectativas dos adeptos estão altas, mas estamos mais preparados do que há 3 anos. Quaresma, no treino a seguir ao jogo, fez um entorse chata, não sei quanto tempo estará fora”.
Sente que a equipa cresceu e preparada para se bater com qualquer adversário? A Champions pode servir de “montra” para os jogadores e o treinador?
“Os jogadores sim, eu não procuro isso. Aprendi muito no ano passado, vivo o momento. O que quero é ganhar, sou competitivo, os nosso jogadores também, mas sei que é uma competição diferente para os jogadores, todos eles sentem que é uma montra para dar o passo seguinte e não há como censurá-los nesse aspeto. Estão ansiosos para demonstrar o que valem na Champions. Queremos passar à fase seguinte, queremos acima de tudo ganhar jogos, marcar golos e jogar de uma forma diferente. Mesmo no ano em que passamos aos ‘oitavos’, este ano temos de jogar de forma diferente, mas queremos jogar bem, ter mais protagonismo nos jogos do que há três anos. O objetivo é ganhar jogos, passar à fase seguinte e valorizar os jogadores”.
Este novo formato vem com mais jogos, que ideia tem no geral para conquistar o bicampeonato, uma vez que sabe que a seguir a um compromisso europeu tem logo uma partida difícil?
“Não vai ser possível fazer uma gestão mais a pensar no campeonato e esquecer um pouco a Europa. Temos mais opções para fazer essa gestão apostando nessas competições e depois é preciso um bocadinho de sorte. Poupámos o Quaresma mas no treino a seguir lesionou-se. Objetivo é sermos bicampeões, ir até onde pudermos na Champions, vencer a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Vamos ter de rodar os jogadores todos e ter alguma sorte com as lesões”.
O jogo em Arouca foi gerido a pensar neste jogo?
“A gestão é feita não a pensar no que vem à frente, mas pelo que aconteceu atrás. Houve jogadores que não treinaram connosco e fizeram um treino com viagens. A gestão foi feita a pensar nisso e não na Champions. Mais importante do que ir longe na Champions, é ir à Champions no próximo ano”.
O seu discurso é ambicioso, desta forma será possível o Sporting vir a conquistar a Liga dos Campeões?
“Acho graça porque vocês já sabem qual vai ser a resposta. Vencer a Liga dos Campeões é viajar muito longe. O que queremos mostrar é que jogamos de uma forma diferente, vamos defrontar equipas no mínimo iguais a nós. Queremos mostrar que crescemos enquanto clube. Vou de acordo com o que sinto na equipa e sinto que está preparada para ser mais competitiva e jogar de uma forma diferente. O nível da nossa equipa mudou, temos mais internacionais, um jogador para crescer também tem de ter uma pressão diferente. Não faço ideia se vamos ganhar ou perder jogos, sei é que estamos mais preparados para jogar na Champions”.
O facto de o Sporting participar na Liga dos Campeões teve algum peso na sua decisão de ficar? E a renovação de Quenda.
“O Quenda ansioso não está, hoje adormeceu, chegou atrasado 2 minutos à palestra, e ele mora na Academia – e é difícil chegar atrasado quando se mora na Academia – por isso foi ao túnel duas vezes. Se há jogador que não sinto ansioso é o Quenda. Quando ouvir a música, vai sentir. Em relação à minha decisão, não teve a ver com a Champions, o Sporting só foi aos oitavos de final, não sabemos o que pode acontecer, mas o que queremos é ganhar jogos, jogar bem, é um objetivo muito aliciante para nós. Renovação do Quenda? Foi muito importante, ele vai dar nas vistas”.
Eduardo Quaresma de fora, Debast titular em Arouca… Tem receio perder Gyökeres no próximo mercado de transferências?
“O que quero é que ele não se sinta pressionado como se o futuro dele dependesse da Champions. Depende de algumas ações defensivas, algumas ações de jogo, os treinadores de topo olham para isso. Capacidade de jogar em qualquer liga do mundo é claro para toda a gente que tem. Não quero que se sinta pressionado a fazer 3 golos por jogo para provar alguma coisa a alguém. Sobre a equipa, não dou indicações de como vamos jogar”.
O Lille joga num 3x4x3, tal como o Sporting, o que está à espera do jogo a nível tático? Tiago Santos jogou no Sporting, teme a lei do “ex”?
“Não acredito em nada disso, fico feliz pelo Tiago, o Filipe Pedro avisou-nos que estava ali um jogador, treinou connosco na equipa principal algumas vezes e não vi o que outros viram. Os jogadores da formação têm de perceber que os treinadores olham para eles de determinada forma, mas que a seguir podem estar na Premier League. Em relação à tática, tem a ver com a diferença de campeonatos, o francês é mais dividido, é mais difícil olhar para o Lille com um ataque mais marcado, enquanto nós empurramos muito o adversário para a sua área. São uma equipa muito forte, muito dotada taticamente, tem um grande avançado, três centrais muito rápidos. Será um jogo de espelhos porque eles jogam daquela maneira de jogo partido e nós não. Temos de tentar guardar a bola para nós e tentar empurrar o adversário, sabendo que será mais difícil de fazer do que na nossa liga.”