Sporting recebe amanhã o Estrela em jogo a contar para a 10ª jornada da I Liga, que terá início às 20h15
Menos de 72 horas do jogo da Taça da Liga, volta a jogar agora para a I Liga. Como foi a preparação para este encontro? Parte para esta partido com o objetivo de atingir a 11ª vitória seguida…
“Passa muito por aí, pelo objetivo do melhor arranque. Queremos sempre fazer melhor. Não houve muito tempo para recuperar. Houve jogadores que não fizeram nada. Pote vai voltar à convocatória, Quaresma continua de fora, fizemos trabalho tático. O E. Amadora mudou de esquema e estamos habituados ao encaixe. Precisamos de ganhar o jogo e queremos jogar bem, no nosso estádio e manter a posição no campeonato”.
O dirigente da INEOS referiu que o negócio estava feito, o Sporting veio desmentir. Há ou não há acordo?
“Sei que fizeram uma viagem para vir aqui falar sobre isso, e é natural, mas vamos deixar isso para o fim do jogo. No fim do jogo falarei sobre todas essas questões. Agora quero que a equipa se foque e eu também. Prometo que irei falar no fim do jogo e ficará tudo mais esclarecido. Ao falarmos agora, é mais uma desestabilização para o plantel. Agora o foco está no jogo”.
É difícil concentra-se no jogo, com tanto ruído à sua volta? Voltou a falar com o grupo? Depois da Supertaça referiu que o objetivo era o bicampeonato. A ideia de fazer história no Sporting não é desafiante?
“Continua a ser a mesma ideia. Toda a gente aqui quer ser bicampeã, isso não mudou. A aprofundar mais, ia estar a responder a questões que vou responder no fim do jogo. Neste momento é dar mais um passo para que o objetivo aconteça. O foco é o E. Amadora”
Tendo em atenção toda esta “novela”, Gostaria de ter feito algo de maneira diferente? Com um clube disposto a bater a cláusula, o presidente convence-o a ficar?
“No fim do jogo vai ser tudo mais claro, já o disse. Neste momento, o foco está no E. Amadora. Em relação a fazer as coisas de forma diferente, não faria. Não controlei nada da situação. No fim do jogo teremos tempo para isso”.
Como foi a preparação deste encontro? Referiu que o grupo estava diferente… A equipa está concentrada? A demora nas negociações pode ter influência nos resultados? E a relação com Varandas como está?
“A relação está muito boa. Não há guerra nenhuma, amanhã vai ficar esclarecido. Muito menos paz podre. Não faz parte do meu feitio nem do feitio do presidente. O foco agora está no jogo. Senti os jogadores diferentes na palestra. Podia ter dito que o ambiente estava bem e que ninguém lê notícias, mas sei que os jogadores sentem ansiedade. Não houve revolta nenhuma. Revoltas havia quando cheguei cá. Conheço os meus jogadores e sou sincero convosco quando digo que eles não estavam normais. Percebi que estavam nervosos e ansiosos com as notícias, com uma série de jogos complicados a chegar. Não houve revolta nenhuma nem precisei que o Morten segurasse os colegas. Eles conhecem-me tão bem… Já provei que os defendo até ao último minuto. Mas há coisas que não controlo. Preparámos taticamente, fisicamente, dividimos o grupo para ser específico nessa recuperação e vimos os vídeos. Estamos prontos para vencer. Há coisas que não controlamos, os clubes estão a negociar. Não entra uma decisão do treinador”.
Os jogadores sentem que a sua saída está iminente? O presidente está a forçar a saída imediata… Há um vídeo a circular de um adepto em lágrimas quando um jornalista lhe diz que o Rúben vai embora? Tem noção está a partir corações?
Principalmente também o meu, mas sou eu que decido. Não é comparável o que acontece comigo ou com outros. Sei que é difícil para toda a gente, mas no fim do jogo abordaremos isso. Não me parece que o presidente tenha forçado a minha saída de imediato. Está a defender os direitos do clube e não me meto nisso, nunca o faria. Acho que no fim do jogo vão todos ficar muito esclarecidos. Os adeptos podem gostar ou não, mas estará tudo definido e vão ver que não há paz podre. Somos adultos e as coisas às vezes acontecem. Queremos muito ganhar este jogo, precisamos muito de ganhar. E no fim do jogo iremos abordar esse assunto”.
O Rúben foi o primeiro a dizer que João Pereira ia ficar com o seu lugar, ache que ele está preparado para assumir uma função de maior importância? Sempre disse que queria sair a bem do Sporting. Acha que isso será cumprido?
“Será cumprido, sem dúvida nenhuma. Será cumprido… se sair. Isso será uma certeza. Em relação ao João Pereira, não tenho falado mais com ele. Mas se me perguntarem se está preparado para outros voos, claramente que sim. Não só pelo João Pereira, mas pela equipa técnica, pela qualidade dos jogadores quando os chamo. E o Quenda é a prova disso. O João Pereira está claramente preparado. Foi jogador de grandes clubes, tem muita maturidade e personalidade. Não estou a dizer nada, apenas que está preparado para qualquer coisa”.
Nota-se algum nervosismo. O que é que está a deixá-lo desconfortável?
“O que será? A situação é muito difícil. Não digo nervosismo, mas cansaço. Quando não sei o que se pode dizer a certa altura, torna tudo mais difícil. Quando sou muito direto é muito mais fácil. A incerteza cria-me muita dificuldade e tenho problemas de comunicação como qualquer treinador. Mas diria mais cansaço. O que me deixa mais nervoso é muito claro, toda a situação em si. Tudo à volta deixa-me bastante nervoso. É difícil focar nos jogos, mas estou a conseguir fazê-lo mais. Está a acabar a novela, digamos assim. O facto de não poder ser tão claro cria-me bastante dificuldade”
Depois do jogo com o Nacional, disse ‘gosto muito do meu staff’. A possibilidade de ajudar financeiramente a mudar a vida de quem trabalha consigo é algo que tem mexido consigo? Dentro do que pode dizer hoje, o que pode dizer com ‘a estabilidade é o mais importante na vida’. Sente que sair da zona de conforto nesta altura é algo que precisa?
“Acho que todos os treinadores precisam disso. Não quero aprofundar muito. Staff? Temos aqui muito boas condições. Há seis anos estávamos no Casa Pia e quase pagávamos para trabalhar. Não são razões monetárias. Quando falei no staff, o staff envolve muito mais gente. Fisioterapeutas, roupeiros. Não só o staff a que se refere. Toda a gente aqui. É difícil encontrar estes ambientes. Foi uma das razões de sempre querer ficar cá, foram as pessoas com quem trabalho. Estabilidade? Depois falaremos amanhã, mas acho que na vida de toda a gente há fases em que estamos muito bem, mas depois queremos mais qualquer coisa, talvez provar mais qualquer coisa. Mas depois não sabemos se estamos a dar um passo diferente e a estragar tudo, mas todos sentem isso”
O seu nervosismo pode ter a ver com o facto de sentir que está a desiludir os adeptos? Viu o jogo do United, ontem?
“Sei o resultado, mas ontem vi o E. Amadora. Passei também pelo Man. City, apesar de ter muitas alterações e não dar para fazer avaliações para o jogo da Champions. Se algo acontecer, talvez o maior medo seja esse. Poder ser a razão de alguma coisa acontecer no final do ano…”
Pode dizer quando é que o negócio será oficializado? Qual o motivo da demora? O que mais aprecia a Liga inglesa?
“É uma negociação entre dois clubes, que não é fácil. Depois do jogo, vamos ter todas essas clarificações. Aí, a decisão vai ser sabida. O que gosto da Premier League? De tudo…”.