Vítor Bruno cumpre 100 dias como treinador do FC Porto.
Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez a habitual conferência de imprensa que antecede o jogo frente ao Farense, a contar para a 5ª jornada da I Liga.
Pós-clássico com o Sporting, sente que a equipa está mais preparada?
“Fomentamos muito uma regra que é não entrarmos em agonia mais do que 24 horas. Acredito muito na energia e nos laços. As primerias 24 horas foram difíceis e duras, agonizantes em algum momento. Não se perdeu ao longo destas semanas, mas em termos de trabalho totalmente vinculados de forma enérgica, fiéis ao que são as nossas convicções. Durou 24 horas, a partir daí foi atacar o jogo, fizemos mira àquilo que é o Farense. Em relação à perda dos ineternacionais, é o que é, é incontroláel, nós não temos como controlar. Vai ser alvo de matéria de debate, jogadores que consigam casar seleção com mundial de clubes podem acabar com 100 jogos, o que me parece absurdo, sem qualquer sentido e desprovido de qualquer nexo. É importante haver este espaço para partilha. Felizmente ainda ficaram alguns, vieram com com um dia, dois, três dias de trabalho. Tomaremos as melhores decisões para amanhã”.
“Perdermo-nos em lamúrias é que não fazemos. Passado é passado, é olhar para o presente e futuro. Reforços? Não nego que quem ficou cá pode estar mais preparado para iniciar o jogo amanhã, foi uma forma de validar aquilo que são as nossas ideias. Quem ficou estará claramente mais habilitado a dar uma boa resposta amanhã do que quem ficou fora. é olhar para o momento. Há jogadores que regressam e que conseguem fazer rapidamente o transfer e regressam ao que somos enquanto equipa. Para outros, tudo é novidade e romperam com aquilo que tinha sido uma adpatação inicial, com a quebra para as seleções, agora têm de novamente fazer esse percurso. Vamos ver até amanhã As decisões estão praticamente tomadas, não as vou dizer aqui”.
Lesão de Fábio Vieira:
“Preocupante não será, está a ser reavalidado diariamente. Está com uma vontade enorme de ajudar. Também é genial naquilo que é o teto máximo dele, a forma de se adaptar a um novo grupo, vem com hábitos diferentes de Inglaterra. Traz energia boa e isso vai fazer reabilitá-lo o mais rápido possivel. Esperemos que seja o mais rápido possível.”
Situação de Galeno no fecho do mercado:
“Muitas vezes adaptado a um lugar que não é o dele e sempre com uma resposta e aceitação brutal para alguém que está habituado a golos e assistências. Podia ficar agarrado a algum preconceito por jogar numa zona que não é dele. Não vou negar que tem algum impacto, estamos a falar de uma situação financeira que qualquer jogador procura e estamos a falar do bem-estar familiar. Eventualmente no dia a seguir um pouco cabisbaixo, mas sempre com a noção de que representa um grande clube. Fez-lhe bem ter ficado aqui algumas semanas, não ter ido à seleção para nós foi bom. Tem um casamento que dá estabilidade. O Galeno é muito fiel aos valores de coduta, profissionalismo e de lealdade com os companheiros e com ele próprio. Estamos muito satisfeitos com ele e com o que pode dar”.
Alguns comentadores fizeram reparo por se ter mantido fiel ao grupo da Áustria sem apostar nos reforços para o jogo com o Sporting, o que acha disso?
“Estou preso ao que os jogadores me dão diariamente, tem de haver espaço para a opinião e análise. É o vosso trabalho e eu faço o meu tablho com base em convicções, sempre a defender a questão desportiva do clube. Se é com gente que vem de fora e que regressou e que integrou agora o espaço FC Porto, se é com gente que tem vários anos… são os que estão mais habilitados a dar a resposta no momento. Nem os meus pensamentos consigo controlar, quanto mais o que vai na cabeça dos outros. Lido muito bem com as críticas. Depende muito do que os jogadores me dão, sou fiel ao trabalho e pouco tolerante à falta de compromisso e graças a Deus aqui não tem havido”.
Juventude requer mais paciência? Isso é possível pedir aos deptos?
“A exigência é boa, gosto de gente exigente e apaixonada como são os adeptos e os sócios do FC Porto, que gostam de exigência, que os jogadores se desafiem a eles próprios e se comprometam de forma total com o jogo e treino e que pedem no campo aquilo que tem de ser um retrato fiel do que fazem no treino. A idade, religião e cor tem muito pouco valor. A partir do momento em que sinta que eles estão capazes de dar uma resposta vão para dentro do campo. Até lá terão de fazer pela vida para lutar pelos lugares. Cabe-me a mim decidir”
Ao fim de 100 dias como treinador, qual foi o melhor momento que viveu e o maior desafio que enfrentou?
“Em relação a amanhã, são 100 dias enquanto treinador mas em jogos como treinador principal são 5. Amanhã estará alguém com 500 e tem experiência acumulada. O mister José Mota está claramente à minha frente, não o direi a nível de ambição porque a ambição dele não será maior que a minha. Queremos muito ganhar amanhã, mas se calhar do banco o Farense parte a ganhar. Depois os jogadores é que têm de fazer o resto. Tudo o resto foram momentos já vividos, não fico agarrado isso. No FC Porto os objetivos são imutáveis no tempo, seja em que circunstância for é ganhar, ganhar e ganhar”
