Vítor Bruno analisa a equipa na conferência de imprensa que antecede o jogo do FC Porto frente ao Gil Vicente.
Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez a habitual conferência de imprensa que antecede o jogo dos Dragões frente ao Gil Vicente, a contar para a 18.ª jornada da primeira Liga, agendado para amanhã às 20h30.
Um Gil Vicente que se encontra num momento diferente da 1.ª jornada, não perde há seis jogos… O que espera deste jogo?
“Vem de uma vitória moralizadora para a Taça de Portugal, nos 8 jogos em casa tem apenas uma derrota, não perde há seis jogos, são traços que mostram o momento do Gil. Estamos a iniciar a 2ª volta e temos de atacar o jogo de forma séria frente a um adversário que nos cria dificuldades”.
O que aprendeu o FC Porto da Choupana para cá?
“Conseguimos aprender com o que aconteceu. A verdade é que o golo sofrido muito cedo, em vez de gerar revolta, levou a equipa a entrar em ansiedade. Na 2ª parte, indo atrás de um resultado desfavorável, criámos lances para fazer golos, mas não conseguimos. Temos de entrar com energia, com intencionalidade, sobretudo com bola. O jogo da Choupana criou mossa, feriu-nos, temos de sentir essa revolta. Olhamos muito para o destino final e esquecemos que tínhamos de percorrer um caminho para chegar lá (ao 1.º lugar)”.
Como foi esta semana de trabalho? Que influência teve a presença do presidente junto da equipa?
“Muito do que acontece aqui é invisível para vocês. Senti os jogadores dispostos a dar a volta a este momento. As primeiras 24 horas após o jogo são difíceis, mas depois foi pensar no jogo com o Gil. Só se pode gerar sucesso numa equipa a trabalhar. A presença do presidente… gostamos muito dele, é alguém muito experimentado, em diferentes funções, é uma voz que respeitamos muito. O que passou aos jogadores fica entre eles, não estive presente. É importante não pensar muito na Choupana e concentrarmo-nos no Gil Vicente e na estratégia que o nosso adversário vai apresentar”.
O que falta para nos momentos mais cruciais a equipa dar resposta positiva?
“Podemos fazer uma retrospetiva desde o início da época, tivemos momentos bons, outros nem tanto. Não é caso virgem, tem acontecido noutras equipas, até na Europa. Já falei da maturidade, da juventude do plantel… É preciso olhar para cada caso, cada jogo, a estratégia utilizada… Nós não jogamos sozinhos, queremos sempre ganhar, queríamos estar em primeiro, mas dependemos apenas de nós para lá chegar, ninguém se esqueça disso. Não podemos olhar de forma fatalista para tudo o que aconteceu, houve coisas bem feitas, mas precisamos de consistência e atacar o jogo logo numa fase inicial”.
Tendo em conta a receção depois do Nacional, o que espera dos adeptos?
“Na Choupana os adeptos nunca deixaram de apoiar a equipa durante o jogo e isso é que importa. Eles sofrem e nós também. Querem muito ganhar e a forma como se manifestam no final é normal, são as manifestações que têm de ter. Queremos ter adeptos exigentes”.
Boletim clínico
“Vão estar na convocatória os jogadores que tenho a convicção que vão deixar a pele em campo, que têm vontade servir o FC Porto. O Varela reintegrou os treinos ontem a espaços, hoje deu sinais positivos de forma condicionada e vai estar na convocatória. O Moura também vai estar, poderá ir a jogo numa fase inicial. O Marcano não vai estar porque teve um pequeno revés durante a semana, mas não vai implicar muito tempo”.