Gabriel Batista denunciou nas redes sociais ter recebido ameaças de morte após o encontro no Dragão
O Santa Clara manifestou esta segunda-feira a sua condenação face aos “comentários racistas e xenófobos” dirigidos ao guarda-redes Gabriel Batista, após este ter sido titular no empate frente ao FC Porto (1-1), no domingo, no Estádio do Dragão.
Depois de o guarda-redes brasileiro ter denunciado uma ameaça de morte recebida nas redes sociais após o encontro, o clube açoriano lamentou que este tipo de comportamento esteja a tornar-se “banal” no futebol, apontando para uma “anestesia social”. A posição foi expressa através de um comunicado intitulado “Basta”.
Atualmente na quinta posição da I Liga, o Santa Clara demonstrou também solidariedade para com Wenderson Galeno, extremo brasileiro do FC Porto, que desativou os comentários nas suas redes sociais após ter sido alvo de insultos. O jogador enfrentou críticas devido à falha de dois penáltis e uma recarga durante o jogo com a equipa açoriana.
O Sindicato dos Jogadores, por sua vez, emitiu também um comunicado nesta segunda-feira, mostrando apoio a ambos os atletas e manifestando a esperança de que os responsáveis por estes ataques sejam identificados e responsabilizados.
Eis o comunicado na íntegra:
A Santa Clara Açores – Futebol, SAD vem por este meio manifestar o seu mais firme repúdio pelos comentários racistas e xenófobos de que o nosso atleta Gabriel Batista tem sido alvo, após o último jogo com o FC Porto no Estádio do Dragão.
Este é, infelizmente, um cenário que se vem banalizando no futebol e muitas vezes fica até uma ideia social de ‘anestesia’, em que já pouco se valorizam estes atos.
Mas sejamos claros: não vamos normalizar o erro. Não continuemos a validar o atraso social. Não banalizemos a ameaça, pois falamos de matéria criminal.
A SAD vinca, pois, o natural apoio a Gabriel Batista mas também não se esquece do atleta do FC Porto Wenderson Galeno, que conforme foi tornado público foi igualmente alvo de insultos da mesma índole no rescaldo do encontro com a nossa equipa.
E não nos esquecemos de todos os casos que aconteceram e – estamos desafortunadamente seguros – continuarão a acontecer”.