Clube minhoto compromete-se a pagar um total de sete milhões de euros pelo avançado português
O SC Braga informou esta quarta-feira ter alcançado um acordo com o Málaga, encerrando o processo relativo à transferência de Ricardo Horta. O clube minhoto compromete-se a pagar um total de sete milhões de euros pelo avançado português ao longo dos próximos três anos, passando, a partir desse momento, a deter a totalidade dos direitos económicos sobre o seu capitão.
O entendimento entre as partes inclui ainda uma cláusula que garante ao clube espanhol 50% da mais-valia numa eventual venda futura de Ricardo Horta, com um limite máximo de 4,725 milhões de euros. “Para se apurar a mais-valia, aplicar-se-á a percentagem referida sobre o valor da futura transferência, após dedução dos sete milhões de euros referidos acima, mecanismo de solidariedade e custos com eventual agente de futebol”, esclarecem os bracarenses.
Ricardo Horta, de 30 anos, representou o Málaga entre 2014 e 2016, antes de se transferir para o SC Braga na temporada 2016/17. Desde então, tem sido uma das principais figuras do clube arsenalista.
Eis o comunicado na integra:
“O SC Braga informa, para os devidos efeitos, que chegou a acordo com o Málaga FC para a resolução do processo que envolvia os dois clubes e o jogador Ricardo Horta. O SC Braga pagará 7 milhões de euros ao Málaga FC (mediante um plano de pagamento a 3 anos), passando, a partir desta data, a ser o detentor da totalidade dos direitos económicos do jogador.
Recorde-se que a transferência de Ricardo Horta do Málaga CF para o SC Braga não teve custos de transferência associados, com o emblema espanhol a manter na altura 67 por cento dos direitos económicos do jogador.
Mais se informa que este acordo só foi alcançado após sugestão do TAS-CAS, aquando do início do julgamento, a 25 de setembro de 2024. Sublinhe-se que o Málaga FC reclamava (já com base em decisão prévia da FIFA) uma compensação conexa com o jogador Ricardo Horta que ascendia, à data, a 13 milhões de euros.
No início da audiência, os árbitros que constituíam o painel do TAS-CAS, aludindo às boas relações institucionais entre clubes, convidaram os mesmos a tentar um entendimento amigável, devido à extrema complexidade do caso e ao desfasamento da posição dos clubes, as quais poderiam provocar o prolongamento da audiência e da produção e análise das provas, dificultando um possível acordo futuro.
Aceitando a sugestão do TAS-CAS, o SC Braga e o Málaga CF encetaram de imediato negociações, as quais permitiram obter um acordo e colocar termo a este processo.
Assim, e tal como referido em cima, foi acordado com o Málaga CF que o SC Braga procederá ao pagamento de cerca de metade do valor peticionado (7 milhões de euros), e que o fará mediante um plano de pagamentos a 3 anos. Além disso, o Málaga CF terá direito a 50 por cento da mais-valia de uma futura transferência do jogador, até ao máximo de 4.725 milhões de euros. Para se apurar a mais-valia, aplicar-se-á a percentagem referida sobre o valor da futura transferência, após dedução dos 7 milhões de euros referidos acima, mecanismo de solidariedade e custos com eventual agente de futebol”.
Importa referir que Ricardo Horta, capitão do SC Braga, reforça o seu estatuto como uma lenda viva do clube, sendo o maior goleador da história dos arsenalistas, com 128 golos marcados até ao momento. Desde que chegou à cidade de Braga, em 2016, o avançado somou 397 jogos oficiais com a camisola bracarense e está apenas a nove partidas de se tornar o jogador com mais encontros realizados pelo clube.
Ao longo do seu percurso em Braga, Horta conquistou uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga, deixando a sua marca como um dos atletas mais emblemáticos da história recente do emblema minhoto. O camisola 21 destacou-se também a nível internacional, tendo integrado a Seleção Nacional no Campeonato do Mundo de 2022, disputado no Catar, onde marcou um golo.