Até ao jogo com o SC Braga na meia-final, o extremo norueguês era apenas o 23.º jogador mais utilizado do plantel
Andreas Schjelderup foi a grande novidade e uma das boas surpresas na equipa do Benfica durante a meia-final e a final da Taça da Liga. O jovem extremo norueguês, contratado pelas águias há dois anos, com apenas 18 anos e considerado uma das grandes promessas do futebol europeu, destacou-se nestes jogos decisivos. Apesar de ter chegado do Nordsjaelland, clube do campeonato dinamarquês, o jogador foi titular em ambas as partidas da competição, tendo exibido um excelente desempenho e marcado um golo espetacular na final frente ao Sporting.
A sua prestação justificou a aposta de Bruno Lage, que optou por colocá-lo no lugar do turco Akturkoglu, o segundo melhor marcador da equipa esta época. Com isso, Schjelderup parece ter conquistado a titularidade e tem fortes possibilidades de voltar ao onze inicial no jogo de amanhã, frente ao Farense, nos oitavos de final da Taça de Portugal.
Até ao confronto com o SC Braga na meia-final, o extremo norueguês era apenas o 23.º jogador mais utilizado do plantel. Contudo, esta época, após regressar ao Benfica de um empréstimo bem-sucedido ao Nordsjaelland (onde chegou a ser apelidado de “Messi do campeonato dinamarquês”), Schjelderup nunca deixou de demonstrar o seu valor. Apesar de alguma frustração pela pouca utilização inicial, manteve-se comprometido e mostrou nos treinos a sua qualidade diferenciada. Bruno Lage geriu o grupo e o jogador com cautela, preparando-o para os momentos em que seria mais necessário.
Já este mês, o Benfica recebeu sondagens de vários clubes interessados em garantir o empréstimo do jovem norueguês. O Ajax foi um dos emblemas que demonstraram interesse, depois de já terem tentado contratá-lo no verão passado. No entanto, a SAD encarnada rejeitou todas as propostas de empréstimo, apostando na continuidade do jogador pelo qual pagou 14,03 milhões de euros. Agora, percebe-se melhor o motivo dessa decisão.
Na final contra o Sporting, Schjelderup celebrou o golo de forma peculiar, cobrindo os ouvidos, os olhos e a boca — um gesto inspirado na fábula japonesa dos três macacos sábios: Kikazaru (não ouvir o mal), Mizaru (não ver o mal) e Iwazaru (não falar o mal). O festejo, que surpreendeu até quem o acompanhava na Dinamarca, promete tornar-se uma das suas marcas pessoais.
«Sinto que o lancei no momento certo», afirmou Bruno Lage, satisfeito com o impacto de Schjelderup na equipa.