Antigo treinador do Benfica alertou ainda para os desafios que o clube poderá enfrentar caso não consiga garantir o apuramento para a Liga dos Campeões
Graeme Souness, antigo internacional escocês e ex-jogador do Liverpool, saiu em defesa de Ruben Amorim, atual treinador apontado ao comando técnico do Manchester United, sublinhando que ainda é cedo para fazer juízos sobre o seu trabalho.
Num artigo de opinião publicado no Daily Mail, Souness destacou que Amorim está ainda a lidar com uma herança pesada e que necessita de tempo para impor a sua visão.
“Ainda não é o momento certo para julgar Ruben Amorim. Ele está a trabalhar com aquilo que lhe deram. Com o que herdou. Tem o mesmo grupo de jogadores que ‘despediu’ os treinadores anteriores. O tempo para o julgar será daqui a um ano, depois de ter duas janelas de transferências para trabalha”, afirmou o ex-treinador do Benfica.
Souness alertou ainda para os desafios que o clube poderá enfrentar caso não consiga garantir o apuramento para a Liga dos Campeões, o que pode limitar o acesso a jogadores de topo, dada a menor capacidade financeira.
“Se não se qualificar para a Liga dos Campeões, terá de comprar o que conseguir. A infraestrutura está montada, não há desculpas. É aí que o chefe de recrutamento, Christopher Vivell, e o diretor técnico, Jason Wilcox, ganham a vida”, acrescentou.
Por fim, o antigo médio deixou um recado à direção dos red devils, exigindo maior competência no planeamento e nas decisões de mercado: “Devem ter conhecimento dos jogadores de qualidade que existem no mundo e que seriam adequados para o Manchester United. Estão numa posição em que não precisam de ficar sentados, com as pernas debaixo da secretária durante meses, antes de serem capazes de tomar uma decisão. Vêm com conhecimento, por isso deve ser simples garantir contratações para Amorim. O problema não é apenas o treinador. Estes tipos do recrutamento levantam logo a mão quando contratam um bom jogador, mas não são tão rápidos a partilhar as culpas pelo que contrataram na última década”.