Torneio britânico autoriza uso de braçadeiras negras após morte trágica do internacional português
A comoção provocada pela morte de Diogo Jota, avançado do Liverpool e da Seleção Nacional, continua a ter repercussões para lá do mundo do futebol. Um dos gestos mais simbólicos surge agora de Wimbledon, o torneio de ténis mais tradicional do circuito mundial, que decorre atualmente em Londres.
Regra do vestuário branco suspensa em sinal de luto
Segundo a imprensa britânica, os organizadores do All England Club autorizaram os jogadores a utilizarem braçadeiras negras durante os seus encontros, quebrando, assim, o emblemático código de vestuário que obriga ao uso de roupa totalmente branca, em vigor desde 1877.
Esta exceção permite aos tenistas que desejem prestar tributo ao futebolista português poderem fazê-lo de forma visível, sem infringirem as normas históricas da competição.
Francisco Cabral quer prestar homenagem
O tenista português Francisco Cabral, que compete na variante de pares ao lado do austríaco Lucas Miedler, já reagiu à decisão, revelando a sua intenção de envergar a braçadeira no próximo encontro:
“Ele é um grande nome, não apenas em Portugal, mas no mundo. Era uma excelente pessoa, com uma bela família e três filhos. Não consegui arranjar uma braçadeira negra a tempo para o jogo de hoje, mas vou tentar usá-la no próximo”, afirmou ao jornal britânico Mirror, após a qualificação para a segunda ronda.
O impacto de Diogo Jota continua a fazer-se sentir
A morte de Diogo Jota, aos 28 anos, num trágico acidente de viação em Espanha, gerou uma onda de consternação em Portugal e no estrangeiro. A homenagem agora autorizada por Wimbledon, conhecido pela sua tradição e rigor, reforça a dimensão humana e o impacto profundo que a perda do internacional português causou no panorama desportivo mundial.