O treinador Roger Schimidt faz a antevisão de mais um jogo das águias num mês de agenda cheia.
Treinador benfiquista falou na antevisão ao jogo frente ao Casa Pia deste sábado da 19.ª jornada da Liga Bwin…
O Casa Pia é uma das surpresas da Liga, sendo o líder o que podemos esperar?
“Em primeiro lugar estamos muito contentes por regressar ao nosso estádio. Jogámos três jogos seguidos fora de casa, estamos ansiosos. No início da temporada ganhámos 1-0 ao Casa Pia e foi um jogo muito difícil. Jogámos perante uma casa cheio de adeptos nossos, mas foi difícil ganhar. Fica-se logo com uma ideia do quão difícil é jogar contra eles. Têm vindo a confirmar esse desempenho com boas prestações, são organizados, defendem muito bem, não dão muito espaço aos adversários. Merecem estar na posição que ocupam. Temos jogado contra algumas equipas com essa abordagem e amanhã vamos fazê-lo novamente. Espero um jogo difícil mas estamos bem, confiantes, felizes por jogar em casa e queremos fazer um bom jogo para levar os três pontos”.
Agora que Enzo partiu, quem é o melhor jogador do plantel para desempenhar o seu papel? Chiquinho jogou no último jogo…
“Vamos jogar com a mesma formação, dois jogadores no centro do meio-campo e temos cinco opções. Depois vai depender do adversário e da forma como joga, podemos encontrar a melhor solução para cada jogo. Na minha opinião, Chiquinho tem-se desenvolvido muito bem nesta posição nos últimos meses. Começou a jogar mais à frente, mas a certa altura foi recuando um pouco mais e ele está muito à vontade. É muito bom com a bola nos pés e corre muito, tal como Florentino. Temos estas opções e foi por isso que jogaram eles, mas tal como disse temos outras opções para compensar a saída de Enzo.”
Benfica não contratou substituto direto de Enzo… Está satisfeito? Se o Benfica tiver lesões ou suspensões, como vai gerir?
“Temos 21 jogadores de campo e três guarda-redes. No início da temporada tínhamos muitos jogadores e conseguimos gerir isso muito bem. Os elogios vão para os jogadores, para o ambiente de trabalho e no grupo que foi sempre extraordinário. Muitos jogadores não tiveram oportunidade de jogar. O nosso objetivo era ter um plantel mais compacto para que todos tivessem oportunidade. A saída do Enzo foi inesperada, mas a decisão foi deixar as coisas assim. No último dia de mercado é difícil fazer uma transferência rápida, e caso se faça tem de ser um jogador de qualidade inequívoca. Os jogadores que temos para essa posição são de topo, João Neves tem-se desenvolvido muito bem e pode ser aposta no futuro. Estou atento aos jovens da formação também, para que tenham mais espaço para treinarem connosco e terem os primeiros contactos com a primeira equipa. Esta foi a nossa decisão e tenho a convicção que foi a correta. Queremos ser campeões com os jogadores que temos”.
Benfica tem muitas opções para o ataque, mas nem todos têm lugar no 11. É complicado gerir?
“É mais fácil com 21 do que com 37. Quando jogamos, claro que precisamos de opções. Há sempre altos e baixos na forma dos jogadores, há suspensões, castigos… Na terça-feira não tivemos Rafa, Gonçalo Ramos, Draxler, e mesmo assim entrámos com um bom 11 inicial. Quando se joga futebol em várias competições é preciso opções. Todos os jogadores merecem jogar, e diz-me a experiência que é bom que haja concorrência para levar os jogadores ao seu máximo. Os titulares estão pressionados porque há jogadores que também querem entrar no 11, é bom para nós”.
Acha que Enzo foi ingrato para consigo e para com o Benfica?
“Penso que já se falou muito disso. Sempre tive uma boa relação com ele, agradeço a forma como jogou pelo Benfica. Nos últimos dias não estive envolvido nas negociações. Este tema está encerrado. Desejamos-lhe felicidades no Chelsea mas estou concentrado nos jogadores que cá estão”.
O calendário começa a apertar e oBenfica vai jogar cinco jogos este mês. É necessário rodar a equipa? Tengstedt e Schjelderup poderão jogar?
“Agora estão a retomar todas as competições… Jogamos Liga, Taça e Liga dos Campeões. Temos trabalhado com eles nas últimas semanas. Não podem estar a 100 por cento neste momento mas estão muito melhores do que estavam quando chegaram, já se habituaram aos colegas de equipa e terão oportunidades num futuro próximo. O meu trabalho é garantir que estão prontos para jogar quando chegar o momento e é o que estamos a fazer. Queremos que estejam em forma para quando jogarem”.