Rúben Amorim fala da época menos bem conseguida do Sporting na antevisão ao Midtjylland.
Rúben Amorim falou na antevisão ao jogo frente ao Midtjylland ( esta quinta-feira, 20h00), em Alvalade, da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.
Midtjylland não joga desde novembro. Como vê este jogo?
“Para mim são dois jogos sempre perigosos. A competição faz crescer as equipa e nesse aspeto temos vantagem. Mas estando a competir, isso dá-nos essa vantagem. O nosso adversário tem um treinador que joga em 4x3x3, olhámos para os particulares e não devemos ser surpreendidos por isso. Vimos de uma derrota, isso não ajuda na preparação, mas vejo como mais um jogo. Damos muita informação para os jogadores irem para os jogo confortáveis.”
Depois da derrota com o FC Porto, houve coisas boas a tirar desse jogo? Podemos esperar alguma surpresa no onze?
“Quer saber se o Fatawu vai jogar? Acima de tudo foi o Fatawu a jogar no lugar do Nuno Santos, não foram assim tantas as experiências. Vamos apresentar aquele que achamos que é o melhor 11 para vencer. Vamos dizer ao Marcus [Edwards] que, quando está em frente à baliza, para chutar em frente, dos dois remates enquadrados que o FC Porto teve, tentar que pelo menos um não seja golo. O futebol tem destas coisas, há fases assim, sabemos os erros que cometemos mas também sabemos o que fazermos. Quando não marcamos, quando sofremos um golo é mais difícil a equipa manter-se no mesmo registo. Em vez de bater na tecla do FC Porto estes dias foi olhar para o Midtjylland, como é que eles jogam. Foi isso que fizemos, a preparação foi a mesma, retiramos o bom e aprendemos com o mau.”
Esta é a prova que a prova que o Sporting pode ganhar. É candidato?
“Não vejo as coisas assim, há clubes muito fortes na Liga Europa, os portugueses na Europa nunca são os principais favoritos. O que queremos é ganhar o próximo jogo. Se no campoenato é assim, na Europa também é. O que quero é que os jogadores se sintam confortáveis no jogo.”
O Sporting, os jogadores e o treinador vem esta Liga Europa como tábua de salvação da época tanto em termos desportivos como financeiros?
“Em relação a receitas, isso é um problema da direção. Já fizemos as vendas do ano passado e deste ano acautelando isso. O orçamento em termos de ordenados permite fazer contas sem a Champions. Não são as receitas da Liga Europa, que não são grandes, que fazem grande diferença. O que temos de fazer é pensar neste jogo. Em relação à tábua de salvação, não é. Gostamos de ganhar um título, este ano mais difícil, mas no final deste ano fazemos o balanço da época dos outros três anos que estamos cá. O que não escondo é que esta época está muito aquém dos objetivos, nem ganhar a Liga Europa vai salvar aquilo que fizemos no campeonato porque temos responsabilidade no campeonato. Não vai salvar o planeamento da outra época, o que temos de fazer é ganhar. Não foi o facto de termos irmos à Champions que fez com que não tivéssemos vendido alguns dos melhores jogadores. Estamos a planear o futuro metendo o Chermiti, o Fatawu, mesmo quando as pessoas não entendem. Estamos a salvaguardar a não entrada na Champions com os miúdos.”
Renovação de Chermiti.
“Tem mais um ano de contrato, aí estamos salvaguardados. Temos vindo a fazer uma renovação com os miúdos, estamos a fazer esse trabalho com todos. Não me preocupa porque temos mais um ano de contrato, os jogadores como o Chermiti sabem que aqui vão ter oportunidades. Somos o Sporting, eles cresceram cá e queremos jogar no Sporting. Segundo sei vai resolver-se em breve.
Quer comentar o facto de Jakub Jankto se ter assumido como homossexual? Há discriminação?
“Pela minha experiência não há discriminação. É isso sim, um tabu. No Mundo atual seria estranho haver esse tipo de problema, vejo isso com normalidade, até porque tenho dois filhos, era algo que não me envergonharia. É um não assunto.”