Rui Costa, presidente do Benfica, concedeu uma entrevista à BenficaTV, onde esclareceu a recente polémica, sobre a auditoria Forense ao Benfica, onde admite que “demorou muito mais” do que aquilo que se previa.
“Demorou muito mais do que esperávamos inicialmente, mas porque foram analisados 51 contratos, que faziam parte do processo ‘Cartão Vermelho’. Finalmente está concluída, teve uma série de complementos para poder ser uma auditoria completa, ocupando várias geografias, já foi apresentada à administração do clube e será agora entregue ao Ministério Público e apresentada aos sócios como prometido”, começou por afirmar.
“Em relação ao processo atual, tudo o que está neste processo não está na auditoria, mas assim que tomámos conhecimento do processo, mandámos abrir uma auditoria nova sobre todos os contratos que possam estar incluídos neste processo. Não estavam na outra porque não faziam parte do processo ‘Cartão Vermelho’. Assim que fui chamado abrimos imediatamente uma nova auditoria. A última coisa que quero é que não se saiba o que realmente se passa. Eu era administrador executivo, foi nessa condição que fui chamado. Prestei todos os esclarecimentos que me pediram. E deixem-me referir: desconheço por completo qualquer plano que visasse prejudicar o Benfica, não quero tão-pouco pensar porque caso contrário não fazia sentido eu continuar no Benfica naquela altura e muito menos estar hoje nesta cadeira”, prosseguiu.
Sobre este processo, em que é suspeito, Rui Costa sublinhou a sua “lealdade” para com o Benfica, recusando-se a imaginar um cenário de acusação por parte do Ministério Público. “Não caí aqui de paraquedas, sirvo o Benfica desde os 8 anos. Tenho a consciência tranquilamente plena. Sei muito bem o que faço no Benfica, na minha vida, e se há coisa que não permito é que se mexa com a minha honra, a minha idoneidade e a minha lealdade a este clube. Não vim para aqui de paraquedas. Não meto quadro nenhum neste momento porque não consigo aceitar nem na minha cabeça, nem na minha consciência; por tudo o que faço e por tudo o que sei que sou; e pela lealdade a este clube. Posso ter mil e um defeitos, errar em muita coisa, mas neste aspeto magoa-me pensar na ideia de ser desleal com o meu clube. Isso não vou permitir nunca. Qual será a minha posição se for acusado? Não meto cenário nenhum desses, não quero interferir no processo. Quero que ele se desenrole, que chegue às conclusões. Não quero influenciar neste processo. Tenho a consciência plenamente tranquila porque sei a lealdade com este clube e o homem que sou. Toca-me pessoalmente. Não permito que se meta a minha idoneidade em causa”, concluiu.