SAD do Benfica, Benfica estádio, Luís Filipe Vieira, ex-presidente das águias, Domingos Soares de Oliveira, atual co-CEO da SAD encarnada, e mais quatro arguidos no processo…
Ao que tudo indica, entre outras coisas, a Benfica SAD e a Benfica Estádio estão acusadas de canalizarem 2,2 milhões de euros para uma empresa de consultadoria, constituída em 2015 com 500 euros, que, de acordo com o Ministério Público (MP), terá servido apenas para criar um “saco azul”.
Nesse mesmo período, a conta bancária da referida empresa de fachada recebeu as transferências da Benfica SAD e da Benfica Estádio, registou outras 716 entradas de dinheiro, num total de mais de 469 mil euros, através de um terminal de pagamento automático. Quase todos estes pagamentos (a exceção foi uma transação de 15 euros) foram realizados com cartões emitidos por bancos angolanos. O Ministério Público (MP) suspeita que possam ter servido para cometer fraude fiscal e branqueamento de capitais, já que corrupção desportiva será algo difícil de ser provado juridicamente.
Entretanto, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD do Benfica confirmou esta quarta-feira ter sido “acusada de fraude fiscal, tendo, por inerência e entre outros, membros que integraram o seu Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020, um dos quais se encontrando ainda em funções sido também acusados da mesma infração, bem como de falsificação de documentos instrumentais daquela imputada fraude fiscal”.