Juiz atribuiu os factos apenas a sete arguidos, não considerando provado o envolvimento de todos os nove acusados
Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões conhecido pelo apelido Macaco, foi sentenciado esta quinta-feira a sete meses de prisão, com pena suspensa por um ano, pelo seu envolvimento nas agressões a agentes da PSP que protegiam adeptos do Benfica antes de um jogo de hóquei em patins, em 2018. Hugo ‘Polaco’ recebeu uma condenação de um ano e dois meses, com pena suspensa por dois anos.
No total, sete arguidos foram condenados, enquanto Coutinho e Bruno Rosas foram absolvidos. Todos os condenados ficaram proibidos de entrar em recintos desportivos.
Nuno Vieira, cuja participação nos arremessos foi comprovada, recebeu uma pena de oito meses de prisão, suspensa por um ano. João Vasconcelos e Artur Araújo foram sentenciados a oito meses de prisão, também suspensos por um ano, e Manuel Barros e Nuno Lopes receberam uma pena de cinco meses de prisão, suspensa por um ano.
O juiz atribuiu os factos apenas a sete arguidos, não considerando provado o envolvimento de todos os nove acusados; foi comprovado que Fernando Madureira cobriu o rosto para não ser identificado. O tribunal declarou que o grupo, composto por dezenas de elementos dos Super Dragões, agiu com a intenção de agredir os adeptos do Benfica. Os arguidos agiram em conjunto, e o ataque não se concretizou devido à intervenção da PSP.
Foi provado que foram atiradas pedras, garrafas de vidro e uma tocha em direção aos agentes da PSP, com a intenção de feri-los. O grupo queria alcançar os adeptos do Benfica, mas foi impedido pela ação da PSP. Os agentes de segurança tiveram de disparar shotguns para dispersar a multidão, resultando em dois polícias feridos; um deles teve de ser hospitalizado após ser atingido por uma pedra no rosto.
Fernando Madureira, que assistiu à leitura da sentença por videoconferência devido à sua detenção no âmbito da ‘Operação Pretoriano’, negou o seu envolvimento nas agressões, apesar de ter sido identificado por uma das vítimas e existirem provas de que esteve no local.