A sua saída do Sporting nunca foi muito bem entendida nem explicada…
E apesar de tudo, não é de todo de estranhar a confidência, dado o passado futebolístico, à semelhança de Rúben Amorim, adepto e benfiquista confesso, mas a realizar um trabalho apreciado por todos no Sporting. Apesar disso, recorde-se que na altura a saída do treinador não foi tanto por mas resultados, foi precisamente por acusarem o treinador de conversas com os dragões, o que nunca veio a acontecer…
Agora, numa entrevista com o também ex-jogador Maniche, Domingos fala um pouco da carreira, dos filhos que também são jogadores e do seu percurso enquanto treinador…
É precisamente sobre esse tema que o treinador deixa algumas inconfidências que prometem dar que falar tanto no reino de Leões como de Dragões…
Ainda quer ser treinador? “Serei treinador eternamente. Em termos de projeto, neste momento, estou menos ambicioso. Já deixei há cinco anos. Não fecho a porta, enquanto o bichinho estiver cá dentro pode aparecer um projeto aliciante que me motive a voltar, mas de momento não.”
Saída do Braga em 2011: “Fiz um bom primeiro ano, com um segundo lugar. E, na altura, pensava que vinha para o FC Porto, sempre tive esse sonho. Falei com o Antero Henrique (sim, esse mesmo, histórico dirigente dos dragões e cunhado de Rubén Amorin), disse-me que estava à procura de um treinador com mais experiência internacional e acabou por vir o André Villas-Boas, enquanto eu fiquei em Braga, tinha mais um ano de contrato. Em 2011, sentia que ia ser difícil fazer uma época igual, o campeonato já não nos correu tão bem, mas chegámos à final da Liga Europa, fizemos um percurso internacional memorável, 19 jogos desde a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Isso deu-me estatuto internacional e eu, mais uma vez, pensei que ia ter essa oportunidade. Num aniversário, o presidente veio ter comigo e disse-me: ‘Não sei se vais ou não para o Sporting, mas gostava que ficasses mais um ano em Braga, depois no ano seguinte poderias ser treinador do FC Porto.’ Disse-lhe que adorava ficar mais um ano em Braga, mas que não ia conseguir fazer melhor do que tinha feito. Na semana seguinte, o André foi embora, mas eu já tinha dado a palavra ao Sporting, tinha tudo certo.”
O que falhou no Sporting: “O projeto do Sporting tinha boa visão. Era uma renovação completa do plantel, entraram 16 jogadores nesse ano. O projeto era ser campeão em dois anos e acreditei que era possível ser eu a mudar o que tinha sido o percurso do Sporting. A minha ideia como treinador era chegar a um clube grande. O que correu mal no Sporting é que o que era para três anos passou para três meses. Vamos jogar à Luz e, se ganhássemos, seríamos primeiros classificados, e o presidente disse numa entrevista que íamos ser campeões. Como é que é possível?”