Brittney Griner, uma das estrelas da WNBA, concedeu uma entrevista ao canal ACB, onde recordou os horrores que passou numa prisão russa entre fevereiro e dezembro de 2022.
“A minha mulher é que costumava fazer as malas, mas desta vez fui eu quem as fez. E não me lembrei de tirar da mala o óleo de canábis, que no Arizona é legal e na Rússia é proibido. Eu sabia que era proibido, foi um esquecimento”, justificou a atleta.
“O colchão tinha uma enorme mancha de sangue, davam dois lençóis muito finos, praticamente dormia em cima de barras. Tinha aranhas por cima, a fazerem ninho… Os meus pés ficavam entre grades, no fundo da cama, e na prisão não queres que isso aconteça porque alguém pode agarrá-los, torcer e parti-los. Era isso que nos passava pela cabeça.”
A americana estava numa das piores prisões da Rússia, “um campo de trabalho onde não há descanso” e sempre “muito frio”. “Tive de cortar as rastas. O meu cabelo estava sempre molhado, congelava com o frio, eu ficava doente…”
A jogadora das Phoenix Mercury, acabou por ser libertada depois de meses de negociações a envolver os governos dos dois países e no âmbito de uma troca de prisioneiros.