O clube já foi informado pela Premier League da acusação.
Em causa estão problemas com contratos de jogadores, treinadores e incumprimento do fair-play financeiro desde 2008, ano de compra do clube pelo Sheikh Mansour, dos Emirados Árabes Unidos.
A própria Premier League encaminhou para uma comissão independente as alegadas irregularidades, que segundo o comunicado incluem falhas no fornecimento detalhado obrigatório de informação financeira, como remunerações de jogadores e elementos da equipa técnica, além de falhas relacionadas com o cumprimento das regras de “fair-play” financeiro. Este tipo de comissões funciona de forma independente da Liga inglesa e dos clubes que a integram. Os seus membros vão ser designados pelo presidente independente do Painel Judicial da Premier League e todos os procedimentos serão privados e confidenciais.
Caso a investigação comprove as ilegalidades do clube, o Manchester City pode perder pontos, títulos e, no limite, descer de divisão, sendo expulsos pela própria Premier League da competição.
Recorde-se que nos anos em questão o Manchester foi vencedor da Premier League em 2012, 2014, 2018, 2019, 2021 e 2022. Caso esses títulos fossem retirados, por exemplo, José Mourinho passaria a ser o campeão de 2018, quando levou o Manchester United ao segundo lugar, aliás, os red devils e o Liverpool também beneficiariam noutros anos, sendo os 2 principais “beneficiários” desta desqualificação do City.
De recordar também que o Manchester City já em 2020 tinha sido proibido pela UEFA de participar nas provas europeias durante duas épocas e multado em 30 milhões de euros por violação do fair-play financeiro, na sequência de uma investigação despontada pelos documentos revelados pelo hacker português Rui Pinto. A suspensão, no entanto, não chegou a ser aplicada, após recursos do clube.