O jornal Marca, conhecido veículo de comunicação espanhol, adotou uma postura contundente diante de um caso de racismo que abalou os campos de futebol.
O incidente que envolveu o guarda-redes Cheikh Sarr, do Rayo Majadahonda, tornou-se o foco de uma capa histórica, na qual o jornal expressou sua indignação e demandou ações assertivas contra a discriminação racial.
Durante uma partida da primeira divisão espanhola, equivalente ao terceiro escalão do futebol no país, Cheikh Sarr foi alvo de insultos vindos das bancadas. Num ato de coragem e descontentamento, o jogador decidiu enfrentar os agressores, o que resultou na sua expulsão do campo.
O jornal Marca, reconhecendo a gravidade do incidente, optou por dedicar a sua capa à denúncia do racismo no desporto. Em letras garrafais, a publicação destacou a importância de não punir o jogador que se viu na condição de vítima diante de um ambiente hostil.
“Esta é a oportunidade ideal para enviar uma mensagem forte e categórica: a luta contra o racismo e a tolerância zero em relação a esse flagelo estão acima de tudo…”, enfatizou o jornal na sua capa, onde uma mão em posição de stop acompanha a frase: “Se queremos mesmo acabar com o racismo, Cheikh não deve ser sancionado.”

O gesto do Marca não apenas reflete uma posição editorial firme contra o racismo, mas também destaca a necessidade premente de ações concretas para erradicar essa prática nociva dos estádios de futebol. Em tempos onde a inclusão e o respeito são valores fundamentais, o jornal ergue sua voz em defesa da justiça e da igualdade dentro e fora dos gramados.