“Fiquei maravilhado quando soube do interesse do FC Porto”, mas nem tudo foi um sonho.
Suk, avançado sul-coreano, que passou pelo FC Porto em 2015/16, concedeu uma entrevista, onde explica toda a situação delicada que viveu no clube dos Dragões.
“Fiquei maravilhado quando soube do interesse do FC Porto, era um dos maiores clubes do mundo e saber que me queriam foi algo arrebatador e indescritível. Mas foi uma passagem frustrante, pois queria contribuir na Liga e na Champions”, lamentou o avançado sul-coreano.
“A situação não estava famosa, o treinador que me quis, Lopetegui, foi despedido e o novo treinador (José Peseiro) não me queria na equipa. Foi um período duro, pois senti-me discriminado nas suas ações. Em cada sessão ele destruía a minha confiança e não me dava a mínima chance. Os colegas percebiam e avisavam-me que ele não me queria. Era terrível e frustrante”, recordou.
“Acredito que se Lopetegui tivesse continuado, eu teria dado outra expressão no FC Porto e transformado a minha carreira. Ainda pensei em escutar outros convites, pois soube que Lopetegui havia sido despedido pouco antes de assinar. Mas não me posso arrepender, o FC Porto era, na altura, um clube imensamente atrativo”, afirma.
“Escolhi o FC Porto ao Sporting e Benfica e dei primazia sobre convites da Premier League, porque era uma equipa competitiva na Liga dos Campeões. Jogar pelo FC Porto era um sonho feito realidade. Estava Casillas, sonhava em estar a seu lado. Fez tudo por me ajudar na adaptação, quis ser meu colega de quarto num jogo fora de portas. Era um jogador que tinha ganho tudo mas o seu caráter era também de classe mundial”, prosseguiu.
“Brahimi, Corona e Rúben Neves eram tecnicamente sublimes. Casillas uma super estrela e era fantástico jogar com ele. Os coreanos adoravam-no. Agradeço a estes o apoio que me deram, eles e também outros como Maxi, Herrera e Varela. Foram eles que me ajudaram a fazer parte do grupo, mesmo com as dificuldades com o treinador e a barreira linguística.”
“Nunca conheci diretamente Sérgio Conceição mas dá para perceber que é um grande treinador, apesar desta época mais infeliz. Mas os resultados e troféus ganhos antes falam por ele. Merece enorme respeito”, continua.
“Pepe é incrível, a sua capacidade de trabalho nesta idade é impressionante, é um grande profissional. Tenho de o admirar, tal como Taremi. Nunca é fácil para um jogador asiático competir com tanto nível numa liga europeia e na Liga dos Campeões. Tem conseguido grandes coisas e desejo-lhe o melhor.”, concluiu.