O líder do FC Porto, Pinto da Costa e o filho, Alexandre Pinto da Costa estão de relações cortadas.
Com eleições aí à porta, um candidato a concorrer contra ele com uma expressão e apoio como talvez nunca tenha assistido em toda a sua liderança e a principal claque que sempre o apoiou a ferro e fogo e alguns dos seus líderes presos por diversas polémicas, Pinto da Costa soma agora mais uma perca e fica cada vez mais isolado…
Com o Coliseu do Porto como pano de fundo e alguns momentos emotivos à mistura, Pinto da Costa anunciou, no último domingo, a sua recandidatura à liderança do FC Porto.
Apesar de uma cassa praticamente cheia e muitos dos que o sempre o apoiaram presentes, alguns nomes e rostos foram notados pela ausência…
Desde logo o filho mais velho, Alexandre Pinto da Costa, de 59 anos, fruto do primeiro casamento com Manuela Carmona, que ao contrário da sua irmã, Joana, não marcou presença, ele que tem estado envolvido diretamente no clube nos últimos anos, que tanta crítica tem gerado em muitos adeptos, agora estará, segundo alguma imprensa novamente em desavença com o pai.
“Não se falam há mais de meio ano”, revela uma fonte próxima do dirigente portista à revista FLASH!, acrescentando ainda que os negócios de Alexandre, agente de jogadores, e “questões relacionadas com dinheiro” são a causa de mais uma desavinda familiar.
Recorde-se que já no passado, pai e filho, estiveram de costas voltadas durante mais de dez anos, também por questões relacionadas com negócios no mundo do futebol e até uma cara bem presente ainda hoje no clube: Sérgio Conceição.
Na altura, corria o ano de 1998, e tudo terá começado por Alexandre Pinto da Costa ter mediado a transferência do então futebolista Zahovic, alegadamente, à revelia do pai. A retaliação não se faria esperar e, quando Sérgio Conceição assinou pela Lazio, Alexandre foi deixado de fora do negócio, tendo Pinto da Costa depositado a venda do jogador bem como a respetiva comissão nas mãos de Luciano D’Onofrio.
Alexandre acabaria por se aproximar de José Veiga e do então presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, vivendo anos de afastamento e tensão com o pai.
A paz acabaria por voltar cerca de 2011, quando os 2 fizeram as pazes, com muita intervenção da então companheira do pai, Fernanda Miranda.
Daí para cá, Alexandre Pinto da Costa esteve envolvido em alguns dos negócios mais lucrativos do FC Porto, alegadamente através de um esquema que o levaria a receber comissões-extra pela transação de vários futebolistas.
O caso foi revelado em 2021, no âmbito da Operação ‘Cartão Vermelho’, que levou à detenção de Luís Filipe Vieira.
No processo, Alexandre foi também investigado e é suspeito de receber milhões de euros em comissões provenientes de negócios de jogadores, não de forma direta, mas por intermédio de outros dois empresários ligados ao FC Porto. Ao que tudo indica, em apenas quatro anos, o FC Porto deu a ganhar a esses empresários cerca de 64 milhões de euros, com as transferências e a relação entre ambos a serem investigadas e buscas feitas na casa de Alexandre.
Mais tarde, e na sequência do Football Leaks, onde foram revelados documentos comprometedores, Pinto da Costa saiu em sua defesa, desvalorizando e atirando:
“É um problema que não me preocupa. Foi a empresa do Alexandre que colocou o Rolando no Marselha. Além de deixarmos de pagar quase um milhão em salários, ainda recebemos cerca de mais um milhão. Se ele recebeu de mais alguém, a mim não me interessa nada, nem me interessa nada se o empresário é meu filho, primo, sogro, genro, amigo ou inimigo. Se o negócio for bom para o FC Porto, eu faço, se não for não faço”…
Mas muitos sócios nunca entenderam nem gostam desta relação e intromissão do filho nos negócios do clube.