O antigo presidente do FC Porto falou sobre a sua renúncia na tomada de posse de André Villas-Boas.
Pinto da Costa, presidente cessante do FC Porto, falou sobre a sua saída e admitiu que vai estar no banco de suplentes do FC Porto, na final da Taça de Portugal diante do Sporting, no dia 26 de maio.
“Eu não peço a renúncia não é por fuga nem para que digam que é um ato nobre. É nos interesses do FC Porto. Penso e estou convencido, e muita gente compreenderá, que a minha presença junto da equipa no final da Taça de Portugal, poderá ser uma ajuda.”, começou por afirmar o eterno presidente do FC Porto.
“Não estou a ver que uma mudança abrupta no futebol fosse fator positivo, quando ainda nem falaram com o treinador nem com os jogadores. Se fosse, já o teria feito. Penso que a minha saída neste momento era negativa. De resto, não percebo a citação na medida em que ele já tem todos os dossiês possíveis, todas as questões que quiseram levantar, acesso a todos os serviços… Não vejo a diferença. Entrave? Nenhum. Tem tido tudo, tem visto tudo, têm-lhe sido dados todos os dossiês.”, prosseguiu.
“Penso sinceramente que a minha presença no estádio é um acréscimo positivo para voltarmos a ganhar. Posso dizer que vou estar simbolicamente no banco do Jamor porque sinto que isso é importante. Vou estar no banco num sinal de força e união para que possamos ganhar. Para mim era muito mais agradável estar lá em cima, com as entidades e com os muitos amigos que tenho. Só não me demito porque penso que é importante a minha presença. A partir da Taça, que espero ganhar, demito-me porque não estou agarrado ao lugar. Estou apenas a lutar para que possamos vencer este troféu.”, continuou.
“Não há animosidade nenhuma. No domingo, no jogo com o Boavista, vamos estar todos no camarote, seria ridículo levar isso para esse campo. Entendo, e repito, que a minha saída neste momento era negativa para o rendimento da equipa. Podem criticar, podem dizer que é por isto, já houve um jornal que disse que eu vou sair com uma indemnização milionária. Não vou receber 1 euro de indemnização de nada, vou deixar lá algumas centenas de milhares que me cabiam e não levantei na altura nem vou levantar. Não estou agarrado a nada. Estou agarrado é para que o FC Porto possa vencer mais um troféu, para que os jogadores que bem merecem levantem a Taça, mais o treinador e a equipa técnica”, concluiu.