Treinador do Sporting falou na antevisão do encontro com o Sp. Braga depois da derrota na final da Taça da Liga…
Que espera do jogo com o Sp. Braga, que também perdeu algumas peças importantes e se reforçou bastante neste mercado, no jogo que assinala o início da 2.ª volta?
“Esperamos um jogo muito difícil, diferente do da Taça da Liga, que teve um resultado anormal. É uma equipa que está melhor do que nós no campeonato, têm mais pontos. Não estamos nada satisfeitos com os resultados, mas estou satisfeito com o crescimento da equipa, acho que estamos a jogar cada vez melhor. Jogamos em casa, diante do nosso público, sabemos que vamos ter o apoio deles. Esperamos um jogo muito difícil mas temos de impor o nosso jogo, espero uma vitória do Sporting”.
Porro deixou o Sporting, despediu-se dele com um sorriso… Como encara esta saída desportiva e pessoalmente? Que espera de Bellerín?
“Em relação ao Porro, é mais do que aconteceu com o Nuno Mendes, com o Matheus… Mais do que a relação profissional, e claro que fazem falta, a relação pessoal é algo que sentimos muito. A nossa relação é muito próxima, vai fazer falta. No futebol habituamo-nos desde muito jovens a mudar. Um dia são nossos filhos, nossos melhores amigos, e agora é filho do Conte. Se jogarmos contra ele, já sei das dificuldades dele. Continuamos amigos, sigo em frente, agora os meus preferidos são outros. Os meus jogadores são sempre os melhores do Mundo. O Porro vai ser jogador de outra equipa e desejo-lhes as melhores felicidades. Bellerín ainda não foi apresentado. Um jogador com as caraterísticas do Porro não se arranja, e é por isso que bateram a cláusula dele. Olhar para um jogador que é lateral direito e tem tantos golos e assistências… Temos de tentar construir outro, é o que vamos fazer”.
Investimento em Diomandé… É um risco ou pode render Coates no futuro? Jogadores do Sporting podiam ter mais sangue frio?
“A forma como abordamos os jogos grandes é por estarmos a crescer. No primeiro ano perdemos um jogo quando já éramos campeões, com o Benfica na Luz. Defendemos bem nesse ano e tivemos alguma sorte em outros momentos. Os meus jogadores não têm de se habituar à forma como o Otávio ou o Pepe jogam. Desde que as coisas sejam iguais para os dois lados, estamos de acordo. A minha equipa tem de ser mais agressiva e ter sangue frio, mas a época não tem corrido bem. Em certos momentos é difícil manter a calma. Não acho que os jogadores se tenham de adaptar à maneira como os outros jogam, temos de lutar contra quem for pelos resultados. Como treinador deixo isso de parte. No jogo jogado, estamos a crescer mesmo com maus resultados nos encontros grandes. Temos é de mudar a abordagem em jogos que não são considerados grandes mas que também valem três pontos. Diomandé ainda não foi apresentado. Se não apanharmos miúdos nesta fase, e são miúdos que já valem dinheiro… Acho graça às contas que se fazem dos objetivos, quase meteram nas contas o dinheiro que se gastou na gasolina para ir buscar o Paulinho a Braga. Mas no Porro não se junta isso, não se faz essa conta. Às vezes os objetivos são 30, 60, 90 jogos. Um jogador que chega e faz muitos jogos pelo Sporting, qual é o dinheiro que vai valer? Para nós, o jogador mais caro da história é um dia normal em outros clubes. Quando gastamos um dinheirinho mais alto, dizem que estamos a gastar… é difícil perceber as contas dos clubes. Depende de como querem vender a situação, a verdade é que gastámos menos ao longo do projeto. De certeza que somos a equipa que vende mais titulares. Apostamos num miúdo de 19 anos, com margem de progressão muito grande… Temos de pagar. Custam isto mas os ordenados são mais baixos… É tudo uma forma de vender o peixe de cada um, fico estupefacto com as contas. Vamos a miúdos jovens e às vezes pagamos mais por isso, mas a verdade é que vendemos dois laterais quase por 50 M€ cada um”.
Depois da final perdida da Taça da Liga e da diferença para os lugares cimeiros, como vai motivar a equipa e a si próprio?
“É uma questão de orgulho e de garantir o meu trabalho. Custa-nos a todos explicar o que custa ver a minha equipa em 4.º lugar. A minha motivação é muito maior do que no início. Todos os dias temos de melhorar e temos de fazer uma segunda volta melhor. A primeira foi inconstante. Nunca se sabe o que pode acontecer na 2.ª volta. E depois jogamos pelo Sporting, não há maior motivação do que essa”.