Presidente explicou aos sócios na Assembleia Geral algumas movimentações do mercado…
Foi já durante o discurso final na Assembleia Geral que Rui Costa comentou a situação de Cher Ndour, jovem médio italiano, visto como um craque de reconhecida qualidade, mas que deverá deixar o Benfica, após três anos na formação do clube:
“Se gostava de ficar com o Ndour? Sim. Por isso, fiz uma proposta alta para ele ficar. Ele entendeu que o seu projeto de vida passaria por outro clube e não posso amarrá-lo aqui, nem quero. Discuto os contratos até entender que há vontade de representar o Benfica. Quando não tem essa vontade, não discuto. Os que ficam só por esse aspeto não vão ter rendimento“, atirou o presidente dos encarnados antes de apontar um exemplo:
“Vejam o João Neves. Jogou o ano inteiro com o contrato da equipa B e nunca se preocupou com isso. Reparem o rendimento que teve. Prefiro jogadores que vivam o Benfica assim, aos que nos tentam condicionar com contratos demasiado elevados para a realidade.”
De seguida recordou dois casos recentes, bem distintos, mas ambos bastante criticados pelos adeptos encarnados:
Enzo Fernández, que saiu por €120 milhões após seis meses, e Alex Grimaldo, que saiu a custo zero após sete anos: “Fui muito claro a explicar aos sócios na altura. A saída do Enzo foi condicionada pela cláusula. Nada tenho contra o Enzo, mas se quer ir embora, deixa de ser jogador à Benfica. E tenho a certeza de que o Grimaldo estará agradecido ao Benfica durante toda a vida.“
Sobre este, deixou ainda uma constatação curiosa e que é verdadeiramente um “sinal dos tempos modernos”:
“Não há jogadores a custo zero, em nenhuma circunstância. Este é um novo fenómeno do futebol – há cada vez mais jogadores a querer chegar ao final de contrato. Temos de aprender melhor com isto.“