Roger Schmidt fez este sábado a habitual conferência de imprensa, que antecede o jogo frente ao Famalicão, a contar para a 32ª jornada da I Liga, agendado para amanhã às 20h30.
Que tipo de dificuldades espera no jogo de amanhã frente ao Famalicão?
“Em primeiro lugar, tivemos uma boa semana. Foi a primeira vez que conseguimos treinar durante vários dias consecutivos. Temos conseguido demonstrar que estamos em boa forma fisicamente e taticamente. Amanhã queremos fazer um bom jogo e vencer. Sabemos que nem sempre é fácil jogar contra o Famalicão, é uma equipa jovem e com qualidade. Estamos prontos para jogar um jogo de topo e é esse o nosso foco principal”.
Já admitiu que o título está muito difícil. Isso pode acelerar uma provável saída sua, até numa altura em que se fala do interesse do Bayern. Isso seria interessante para si?
“Vocês podem usar a minha declaração na última conferência de imprensa, ou o que disse quando renovei. Para mim, continua tudo claro. Vou permanecer no Benfica até 2026 e é por isso que renovei o contrato. Sinto que tenho um grande desafio aqui em Portugal. Fizemos uma boa época, fomos bons para vencermos o campeonato. Quem analisa a situação do Benfica há dois anos, percebe a diferença. Vejo muito potencial nos próximos dois anos para continuar a desenvolver os jogadores e foi isso que disse há duas semanas. Nada mudou”.
Olhando para a próxima época, o que o está a deixar mais entusiasmado? Há alguma coisa que dependa destes últimos três jogos na preparação para a próxima?
“Temos de dar tudo na presente temporada, mas é evidente que preciso de tomar boas decisões para a próxima. O mais importante agora é termos o melhor plantel possível. Cada nova época é uma oportunidade para tirarmos proveito do mercado. Às vezes temos jogadores descontentes e que querem sair do clube, e isto dá-nos uma oportunidade de trazer novas energias. Temos uma boa mistura de jogadores jovens, que transitaram da formação. Outros, mais experientes. Para mim, isso é excelente porque nos permite ter potencial para desenvolver o plantel e atingir um equilíbrio, tendo diferentes opções para a equipa. Continuo a acreditar que estamos a fazer uma boa época mas não conseguimos aproveitar as oportunidades de golo que tivemos. Queremos melhorar isso e é esse o nosso foco. Temos que ver quem vai optar por deixar o Benfica e depois analisar quem achamos que se vai juntar ao plantel”.
Como avaliaria a época do Benfica numa escala de muito má a muito boa?
“Para mim é difícil. Quando treinamos um clube como o Benfica, claro que os títulos são o mais importante. Vencemos um título no início da época, o ano passado fomos campeões… Estávamos preparados para vencer com mais frequência, mas agora estamos numa situação em que há uma diferença de 5 pontos. Contra o Sporting, o David Neres passou pelo guarda-redes e o Coates conseguiu fazer um corte importante. Se esse lance desse golo, faria toda a diferença. O que quero transmitir é que foi uma época extremamente equilibrada, mas nem sempre marcámos golos. Estivemos muito próximos de vencer o campeonato, mas claro que os títulos é que contam. Como treinador, tenho de analisar o desenvolvimento e o potencial para as próximas épocas. Do ponto de vista futebolístico, tático, o valor dos jogadores, consigo ver várias coisas positivas”.