Rúben Amorim realizou este sábado a habitual conferência de imprensa de antevisão do encontro com o Vitória de Guimarães a contar para a 30ª jornada da Liga Betclic marcado para domingo às 20h30.
A derrota do Sporting em Guimarães na primeira volta, tem algum impacto no desafio de amanhã frente ao mesmo adversário? Que significado teve o apoio prestado pelos adeptos à chegada a Alvalade após o último encontro?
“Obviamente que ficamos muito felizes, era difícil explicar aos adeptos que ainda não acabou e que temos tempo de fazer a festa quando tivermos de a fazer. Os adeptos estão confiantes, quiseram demonstrar esse carinho. A última vez que estivemos nesta situação tínhamos o problema do covid-19. Mas sabem que ainda há muito para fazer, ficámos muito felizes. O Vitória foi a última equipa que nos ganhou, não a que nos tirou pontos. Sabemos o que representa aquela equipa, juntou-se também um excelente treinador que retira muito da equipa, têm feito excelentes resultados. Estamos preparados. Se o Vitória tem objetivos, nós também temos. Jogamos em casa, vamos ter o público do nosso lado. Temos algumas dúvidas de como o Vitória se poderá apresentar. Estamos preparados. Sabemos que a ansiedade vai estar lá, mas vamos ter o estádio cheio e os jogadores vão entrar com vontade de vencer o jogo”.
Sente a ansiedade a apoderar-se dos jogadores? Sem Esgaio. Geny está apto ou não? A alternativa é só Fresneda ou há mais alternativas?
“Geny hoje já treinou e é opção para amanhã, temos o Fresneda também que tem estado a recuperar. Teríamos outras soluções, mas essas são as mais naturais. Ansiedade? Até sinto o grupo bastante calmo, tranquilo e focado no que tem de fazer. É uma ansiedade boa porque também é importante tê-la, se não houvesse essa ansiedade era sinal que estávamos a pensar muito mais à frente. Temos sabido controlar isso e temos conseguido manter a nossa qualidade de jogo. Estaremos preparados para mais um dia de ansiedade”.
Bölöni foi o último treinador a fazer a dobradinha e último bicampeonato do Sporting foi já a alguns anos. Acha que está perto de fazer um feito histórico?
“Sinto que estamos todos perto de fazer algo especial num clube que não costumava ganhar tantos campeonatos, está perto mas ainda não está feito. O grupo, o staff e a estrutura têm de saber que estamos a tentar mudar um paradigma e que é importante no futuro que queremos para o clube. Diria que temos noção daquilo que estamos perto de fazer”.
Na passada terça feira referiu que era importante “matar” a esperança do adversário. Se estivesse na pele de Schmidt, ainda tinha esperança? Faz as vontades ao seu filho, que lhe pediu o título e para ficar em Alvalade? Com está a situação clínica de Adán?
“Matheus Reis e Adán não estão aptos para este jogo. Em relação aos pedidos do filho, nós, como pais, sabemos que mais importante do que dizer que sim aos filhos, é dizer-lhes que não. Isto não tem nada a ver, mas acho que tem de haver um equilíbrio. Schmidt? Isso depende das pessoas. O importante é que, pela minha experiência, quanto mais as semanas passam – e não é só o resultado, é a forma como a equipa joga -, mais podemos tirar a esperança ao adversário. Acho que isso torna tudo mais difícil para eles, digo isto porque já o vivi. Nada está feito, basta um pequeno percalço que tudo muda. Queremos ganhar o nosso jogo e ficarmos descansados”.
Há pouco tempo referiu que a equipa ainda acreditava que podia perder o título. Quando é deixam de acreditar nisso? Var fazer algum tipo de gestão, uma vez que Pote e Edwards estão em risco para jogo frente ao FC Porto?
“Não vai haver gestão nenhuma, já temos na cabeça o número de pontos que precisamos para sermos campeões. O que tiver de ser relativamente aos amarelos, pensaremos depois. Mudei o discurso e todos os dias digo aos jogadores que ainda podemos perder este campeonato. O trabalho do treinador é perceber o contexto e tentar direcionar para onde queremos que os jogadores pensem. Sempre acreditámos que podíamos ganhar, eu sempre acreditei, mas digo aos jogadores que podemos perder, para deixar sempre aquele nervosismo e percebermos que tudo é possível no futebol. Vamos ficar convencidos disso quando estivermos no último minuto do jogo, se calhar a precisar só de um empate. Até lá tudo pode acontecer”.
O Sporting ainda não perdeu pontos em casa. Foi algo planeado? São os adeptos os grandes responsaveis por esse registo ou há algo mais?
“O que foi preparado é tentarmos atingir os objetivos e ganhar os jogos todos, em todo o lado é preciso ganhar em casa. Acho que o nosso público este ano ajudou-nos muito em momentos muito difíceis, em outros anos era difícil lidar com um golo sofrido ou uma oportunidade do adversário. Este ano, Alvalade foi muito forte e ajudou-nos. Quando há um jogo em Alvalade, o ambiente, o barulho, a forma como nos apoiam, a forma como vamos buscar a bola quando sofremos um golo e está toda a gente a bater palmas… É um ambiente muito positivo, diria que é o 12.º jogador”.
Tendo em conta o primeiro conquistado e este que pode vir a conquistar. Qual o que tem mais significado?
“Eu não vou responder diretamente porque não me sinto confortável em falar de algo que não está garantido. O que poderei dizer no fim é que certamente será diferente, mas acho que aí explicarei o sentimento e o que acho de cada um dos títulos. Claramente ainda podemos perder este campeonato e, para isso, temos de vencer o V. Guimarães amanhã”.