O treinador do FC Porto falava na antevisão à difícil deslocação ao terreno do Marítimo…
Depois da vitória na final da Taça da Liga frente ao Sporting, é hora de voltar à maratona do campeonato…
Após Allianz Cup é momento de travar euforia?
“Não há euforia nenhuma. Há alegria pela conquista de um título, mas após o final do jogo eu já estava com o discurso virado para o Marítimo. Por isso… É uma situação normal após uma vitória, pensarmos em estar ao mesmo nível para darmos sequência a essa vitória.“
O que espera do Marítimo?
“Historicamente é sempre um jogo muito difícil. Melhorou com o José Gomes, tem dois resultados positivos em casa, uma vitória sobre o Sporting e outra com o Estoril. Depois do Sporting não estiveram tão bem com o Vizela, mas é uma equipa que está num bom momento, tem jogadores com qualidade e que não condiz com o seu lugar na classificação. Temos noção do que o Marítimo está a fazer neste momento, tem uma intensidade interessante no seu jogo, agressiva. Temos de estar no máximo para conseguirmos a vitória que queremos, que para nós é muito importante.“
Sobre o mercado, que tem sido tranquilo no FC Porto, há uma correspondencia direta entre essa tranquilidade e o trabalho da equipa?
“Sim, tudo o que seja ‘não sair’ é importante e este caso foi mais sereno este ano, é verdade. Gosto mais desta forma de estar no mercado do que com entradas e saídas, que provoca sempre algo no grupo de trabalho que na minha visão não é positivo.“
O Benfica esta terça-feira à noite pode ficar com mais 11 pontos do que o FC Porto. Que comentário lhe merece?
“Se o Benfica jogar mais 7 ou 8 jogos com certeza ganhará mais… Até que ponto isso pesa na crença no título? Não pesa nada. O Benfica vai ficar à frente e portanto temos de ganhar esses dois jogos para no mínimo ficar à mesma distância para o rival. É isso. Mas não vale a pena olhar para isso, não olhamos para a tabela neste momento, mas sim para o que é importante, que é o nosso jogo. Não é o jogo dos outros… Se não fizermos o nosso trabalho… O mais importante é isso.”
À partida, os três rivais do FC Porto vão perder, se não o melhor, um dos melhores jogadores das suas equipas. Como vê isso?
“Mas eu não tenho de olhar para os rivais, tenho de olhar para o nosso grupo. Tenho um bom grupo, um grupo de jogadores com experiência, com jovens… Estou contente com o grupo que tenho, estou muito contente sinceramente. Disse há umas semanas que se viesse alguém de topo para entrar, mas caso contrário… E mesmo alguém de top mundial teria dificuldades em entrar, mas isso é sempre assim e é natural, são formas de trabalhar diferentes que toda a gente tem, é sempre necessário algum tempo de adaptação. Estamos a iniciar já fevereiro e há sempre exceções, mas quem vem neste mercado é difícil acrescentar alguma coisa. E o nosso poder financeiro não tão grande em relação a outros tubarões… Acho que não vale a pena sinceramente.“