A final da Allianz Cup, entre FC Porto e Sporting joga-se amanhã, sábado, às 19H45, em Leiria.
Sobre as expectativas para o jogo, se é difícil anular o Sporting? O que o FC Porto tem de fazer? Conceição atirou:
“Tem de marcar mais golos do que o Sporting para ganharmos a competição, é um dos objetivos, assim como é estar na final da Champions. Não está a ser tudo positivo, porque no campeonato temos atraso em relação a dois adversários. Amanhã temos a possibilidade de conquistar mais um título. Percebemos que vamos defrontar um Sporting que, apesar de ter a mesma estrutura, tem dinâmicas diferentes, com nuances diferentes. Temos de perceber isso, trabalhar, focar na nossa equipa, e perceber que o adversário está num patamar elevadíssimo e que trabalha – e bem – com a equipa técnica há algum tempo. Vamos ter um jogo de um grau de dificuldade muito elevado. É uma final. Como disse depois do jogo com o Ac. Viseu, as pessoas não vão olhar tanto para a beleza do jogo mas sim para o resultado. Já fomos a duas finais e perdemos, amanhã temos nova possibilidade de ganhar”.
Sobra o facto de ter menos 24 horas de descanso do que o Sporting, referido por sí no rescaldo do último jogo o treinador avisou logo que não quer que isso seja desculpa:
“Não me referi em relação ao Sporting, que também já esteve do outro lado, com menos tempo de descanso. Não tem a ver com isso. Estão todos no mesmo patamar. Os jogadores podem sofrer mais lesões. Jogar ao quarto dia não é a mesma coisa que jogar ao terceiro. Todos os minutos seriam importantes. Não sendo, não vou usar essa desculpa do tempo de descanso.”
Quanto ao facto do FC Porto estar habituado a jogar finais e já perdeu algumas com o Sporting, isso pesa alguma coisa no inconsciente dos jogadores?
“Acho que é importante e vem-me à cabeça o Abel, que uma vez me disse uma coisa muito acertada, que o jogador tem de ter cabeça fria e coração quente. O coração quente dá o brilho no olhar e a cabeça fria faz-nos ser racionais e inteligentes. Se formos fortes dentro do jogo, a equipa vai ser forte. É preciso inteligência e paixão pelo jogo, a forma como se olha para o adversário, e eles sentirem que do outro lado está uma fome incrível de vencer este título”.
O treinador referiu ainda que não voltou a treinar penaltis, tal como frente ao Académico de Viseu: “Não treinei penáltis. Os penáltis fazem parte das unidades de treino, mas na véspera de um jogo treinar penáltis, é de evitar”