O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, recusou-se a abandonar o campo após ter sido expulso pelo árbitro Luís Godinho durante o jogo da Supertaça contra o Benfica. No entanto, não existe nenhuma disposição no Regulamento Disciplinar que estabeleça uma penalização específica para essas circunstâncias.
Lúcio Correia, um especialista em Direito Desportivo e professor na Universidade Lusíada de Lisboa, em declarações às TSF, explica que essa é uma “situação bastante complexa“. Ele esclarece que a não conformidade com as ordens de um árbitro resulta numa suspensão que varia de três meses a um ano, mas destaca que essa penalização se aplica ao dirigente e não ao treinador.
Assim, a decisão de enquadrar essa situação específica no referido artigo do regulamento (que se aplica ao dirigente) ou de considerar tal comportamento como uma agravante devido a possíveis ofensas que possam ter ocorrido será determinada pelo Conselho de Disciplina. O especialista, no entanto, expressa a sua convicção de que esse artigo se refere apenas ao dirigente desportivo, não ao treinador.