Villas-Boas, atual presidente do FC Porto, desmentiu a existência de um acordo de cooptação entre a nova direção e a atual direção do FC Porto, contrariando o comunicado feito pelo clube e deixa uma garantia para o dia 7 de maio, no qual vai acontecer a tomada de posse.
“Os atuais administradores da SAD exprimiram a sua indisponibilidade para renunciar aos cargos que ocupam. Face a essa indisponibilidade, foram procuradas e exploradas soluções alternativas que passariam, no essencial, pela cooptação de um administrador, o Dr. José Pedro Pereira da Costa, e pelo acordo da Administração de, em atos de gestão não corrente, e até à Assembleia Geral da SAD, esse administrador ter poderes reforçados. Ontem foi-nos transmitido que a administração da SAD não estaria de acordo em atribuir esses poderes reforçados, o que nos levou a comunicar inequivocamente que, nesses termos, o Dr. Pereira da Costa não aceitaria a cooptação”, começou por afirmar o presidente dos Dragões.
“É por isso falso que exista um acordo no sentido da cooptação. O nosso entendimento é que (i) os resultados da esmagadora votação do passado Sábado, (ii) o facto de os mandatos nos órgãos sociais do FC Porto, SAD, terem terminado no dia 31 de dezembro de 2023, (iii) o imperativo de não comprometer a próxima época desportiva, começando imediatamente a sua preparação, e (iv) a absoluta premência e urgência da atual situação financeira do FC Porto, não são compatíveis com calendários como aqueles que nos são apresentados, em que, apenas após a tomada de posse dos órgãos sociais, se poderá convocar uma assembleia geral da SAD para eleição dos novos órgãos sociais”, prosseguiu.
“Desconhecemos, por isso, qualquer decisão que possa vir a ser tomada na próxima terça-feira, expressando perante os Associados do FC Porto que, por respeito à vontade por si inequivocamente manifestada no Sábado, não aceitaremos qualquer solução transitória que não passe pela renúncia faseada dos atuais administradores executivos, com cooptação dos novos membros do Conselho de Administração, e sujeição a ratificação da cooptação na próxima assembleia geral, ou pela integração do Dr. Pereira da Costa na atual Comissão Executiva com poderes reforçados que lhe permitam exercer algum controlo ou veto sobre as decisões a tomar”, concluiu.