Presidente da FIFA, Gianni Infantino, critica falta de interesse das emissoras e afirma que competição não será transmitida se ofertas não forem justas. Seleção portuguesa participará do torneio.
Gianni Infantino, o presidente da FIFA, pediu às principais emissoras televisivas europeias que paguem um preço justo pelos direitos de transmissão do Mundial feminino de futebol, durante uma reunião com a líder da Organização Mundial do Comércio em Genebra.
Este apelo foi reiterado num comunicado divulgado pelo organismo que gere o futebol mundial. O presidente da FIFA criticou o desinteresse das emissoras europeias, nomeadamente as dos países com as ligas de futebol mais competitivas, por oferecerem propostas “dececionantes”. A seleção portuguesa participará nesta competição, que ocorrerá na Austrália e Nova Zelândia, e ainda não está garantida a sua transmissão para a Europa.
Infantino afirmou que é uma “obrigação moral e legal não subestimar o Mundial feminino de futebol” e que, caso as ofertas continuem a não ser justas, a competição não será transmitida para os países europeus das “big five” [as cinco principais ligas]. As emissoras públicas, em particular, têm o dever de promover e investir no desporto feminino, acrescentou o presidente da FIFA. A organização aumentou os prémios e compensações da competição para 143 milhões de euros, triplicando o valor atribuído em 2019.
Infantino reconheceu que, devido à diferença horária, as transmissões dos jogos na Europa podem não ter o melhor ‘timing’, mas considerou que isso “não pode servir como desculpa”. “Transmitir jogos às 09:00 ou 10:00 da manhã na Europa já é razoável”, disse. Caso não sejam alcançados acordos de transmissão, a FIFA está a estudar a possibilidade de transmitir online os jogos da competição, que decorrerá entre 20 de julho e 20 de agosto.
A seleção portuguesa, que se estreia em Mundiais, enfrentará os Países Baixos (23 de julho), o Vietname (27) e, no último jogo do grupo E, os Estados Unidos (01 de agosto).