António Félix da Costa tem somente 32 anos, mas encontra-se entre os mais experientes na categoria – nos 116 ePrix realizados desde o arranque da competição, a 13 de setembro de 2014, em circuito citadino no Parque Olímpico de Pequim, na China, participou em 112. No currículo do português, oito vitórias, 19 pódios, oito ‘poles’ e o título na Época 6 (2020).
O piloto de cascais concedeu uma entrevista à Record.
“O campeonato, digo-o convictamente, está ainda mais competitivo! Todas as equipas melhoraram durante o inverno, sobretudo as que estavam à porta do ‘top-5’ no ano passado, como a DS ou a Maserati. Na Porsche, também trabalhámos muito. Pessoalmente, sinto-me melhor que no início de 2023, na estreia pela equipa”, começou por dizer o piloto português.
Na Época 9, na Porsche, como calcanhar de Aquiles, as qualificações, facto que obrigou tanto Félix da Costa como o companheiro de escuderia, Pascal Wehrlein, piloto alemão com que mantém relação boa, a muitas recuperações sensacionais para terminarem os ePrix entre os primeiros. Aparentemente, os problemas estão resolvidos. Confirmando-se, caminho livre para mais pódios e vitórias. “Durante o inverno, o nosso foco esteve a 95% no desenvolvimento da capacidade do 9XX Electric numa volta. Penso que fizemos tudo bem e estamos ainda mais competitivos, mas a verdade é que não levamos muito do que preparámos para o México, por tratar-se de uma corrida muito especial, devido à altitude e ao piso de circuito que é permanente e não citadino”, lamentou.
António Félix da Costa também abordou a não participação no Mundial de Resistência, após cinco épocas consecutivas no campeonato, com a vitória nas 24 Horas de Le Mans e o título na categoria LMP2, em 2022, como momentos mais marcantes. “Não minto! A decisão da Porsche deixou-me zangado, primeiro, e frustrado, depois, mas tenho de respeitá-la! Acredito que é possível apresentar-me em Le Mans, num Hypercar ou num LMP2, e conto regressar ao WEC em 2025”, concluiu.