Roberto Martínez divulgou esta sexta-feira os 24 convocados de Portugal para os jogos de qualificação para o Euro’2024, frente a Eslováquia e Luxemburgo.
Chamadas de Cancelo, João Félix… Caso Rubiales, como sente isso como cidadão espanhol?
“O estágio de setembro é difícil porque o mercado está aberto e alguns jogadores estão numa situação difícil também. Acho que é um momento muito importante para nós, para apoiarmos jogadores como João Cancelo ou João Félix e valorizarmos o trabalho que fizeram nos últimos estágios. Gostaria de pedir aos nossos adeptos apoio para eles, porque merecem. Gostaria, antes de mais, de dar os parabéns à seleção feminina de Espanha, pela conquista de um título histórico e único. E depois, também, para a equipa feminina de Portugal, as nossas Navegadoras, por darem o sentimento de orgulho a todo o país. Acho que o trabalho do Francisco Neto, da equipa técnica e das jogadoras foi um passo à frente para o futebol feminino em Portugal e para a nossa seleção. Rubiales? Cargos públicos, cargos importantes, têm responsabilidades importantes. Precisamos de ter uma conduta exemplar, e isso não aconteceu. É importante que o futebol tenha condutas exemplares para outras instituições, também para a vida em geral. É uma responsabilidade de quem tem esses cargos”.
Convocar jogadores que não estão tão em forma pode abrir um precedente?
“É uma boa reflexão. É muito importante, para mim, trabalhar com consistência. O trabalho na Seleção precisa de tempo, não é juntar jogadores para um jogo. Não é possível fazer isso. Gosto de valorizar o trabalho dos jogadores quando estão aqui. Tivemos dois estágios e quatro vitórias porque os jogadores trabalharam muito bem. Em setembro será um estágio especial. Nunca gostei de ter o mercado aberto quando há jogos oficiais, e será uma situação difícil para alguns jogadores. Precisamos de apoio. O futebol português precisa de apoiar os nossos jogadores. Mas trabalhamos de uma forma muito honesta, temos uma pré-lista que está a seguir jogadores em bom momento de forma. Precisamos de isso, de criar uma competitividade para todas as posições na Seleção. Neste estágio, é mais importante o trabalho dos últimos dois. Não tanto o momento dos jogadores”.