O ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol já prestou declarações em tribunal, onde se defendeu da acusação de ter dado um beijo a Jenni Hermoso.
Luis Rubiales, ex-presidente da federação espanhola, prestou depoimento a um juiz no Tribunal Nacional sobre o beijo na jogadora Jenni Hermoso nas comemorações do Mundial feminino vencido na Austrália em agosto.
Segundo o diário digital ‘El Español’, a audiência durou 54 minutos, tempo que Rubiales usou para defender o seu comportamento.
Seguindo o que sempre afirmou publicamente, tanto na assembleia geral extraordinária em que se recusou a renunciar como em entrevistas posteriores, o ex-presidente defendeu que foi «algo natural entre duas pessoas que conviviam há muito tempo». Rubiales já tinha dito que foi como beijar uma filha, mas usou novas analogias.
Rubiales fez uma comparação estranha no Tribunal Nacional, ao ser questionado sobre o ponto mais importante: o consentimento. O juiz quis saber se o jogador consentiu o beijo, durante a entrega das medalhas: “Estava a abraçar as jogadoras, o treinador, quando passa ela; vem na minha direção para me dar um abraço; abraçamo-nos, ela levanta-me e eu lembro-lhe que sem ela não teríamos vencido o Mundial. Então pergunto-lhe, pergunto-lhe [se posso dar o beijo]. E ela diz ok. Ela agarra como pode, eu a ela pronto. Dois ou três minutos depois, todos me levantaram. E nesse momento não vou dizer que não me devem tocar – com licença – no rabo, nos joelhos ou nas costas. Tínhamos ganhado um Mundial, sentíamos enorme euforia, uma alegria indescritível“, afirmou.
O antigo presidente da RFEF acrescentou ainda: “Foi tão natural como quando ganhas a lotaria, ou acaba a guerra na Ucrânia, ou ganhas um Mundial. Há uma efusividade, uma espontaneidade. Ela mesma o disse, disse que estava tudo bem“.